Moka reúne comitiva de MS para alertar ministro sobre ‘guerra no campo’

Representantes do Estado têm reunião com Cardozo

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Representantes do Estado têm reunião com Cardozo

O senador Waldemir Moka (PMDB) já organizou comitiva de Mato Grosso do Sul para acompanhá-lo em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na próxima terça-feira (14) para tentar sanar o conflito indígena no Estado. Representando a bancada estadual irão os deputados João Grandão (PT), Mara Caseiro e Márcio Fernandes, ambos do PTdoB. O presidente em exercício da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Nilton Pickler, bem como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O encontro ocorre no próprio Ministério da Justiça. 

O intuito é pressionar Cardozo para dar resolução permanente ao problema que se arrasta há anos. Sendo que o defendido pelo peemedebista é a demarcação das terras com indenização territorial e das benfeitorias feitas pelos produtores rurais nos locais. “A terra é da União, mas não foram os fazendeiros que invadiram as terras porque muitos deles estavam há 20, 30, e até 80 e 100 anos nas fazendas. É injusto que de repente seja tudo invadido e eles saiam com a roupa do corpo”, disse.

O impasse ganhou maior repercussão em maio de 2013 quando indígenas ocuparam algumas fazendas, entre elas a Buriti, na região de Sidrolândia. Á época o índio Oziel Gabriel foi morto em meio ao conflito e se tornou um caso emblemático. Moka vai expor este lado da moeda ao ministro a fim de demonstrar que se não houver providências cabíveis imediatamente há risco de a situação se agravar e virar guerra.

O tema voltou a ser debatido no fim do mês passado quando cerca de 60 índios ocuparam duas fazendas na região de Aral Moreira. Até mesmo as Forças Armadas foram acionadas para garantir segurança de todos os envolvidos. A bancada estadual reuniu-se com integrantes da federal na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para buscar solução, foi nesta ocasião o senador avisou ter convidado Cardozo a dialogar acerca do impasse.

Posteriormente os parlamentares fizeram audiência pública na Assembleia Legislativa para ouvir os envolvidos. Agora todos devem repassar ao ministro a conclusão das reuniões. “Vamos pedir que essa injustiça seja corrigida. Porque a tendência é o agravamento, tanto que as últimas invasões nem são em terras declaradas indígenas. E as bancadas estadual e federal têm contribuído muito nesta luta”, concluiu.

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