O vereador pode ser alvo de Comissão Processante

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, alegou desconhecer a possível recomendação do MPE (Ministério Público Estadual) pedindo abertura de Comissão Processante para investigar o dirigente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB). Mas, mesmo de forma genérica, como ele próprio definiu, acredita que se houver comprovação de atos ilícitos a punição será inevitável. 

“Eu fiquei sabendo agora pouco. Nós que estamos exercendo funções públicas, principalmente de ordenador de despesas, temos que praticar os atos dentro daquilo que a lei define, ou seja, legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade aos atos. Obviamente que se ficar comprovado que o Mario Cesar, o Junior Mochi ou qualquer outro não está cumprindo esses requisitos, então será responsabilizado”, disse.

Porém, logo em seguida, o peemedebista destacou que esta é uma opinião genérica, tendo em vista que não está a par da situação. “Agora, eu na tenho como aferir essa questão, não li nada sobre isso, não conheço a questão, então emito opinião genérica”, concluiu.

Caso – A Corregedoria do MPE viu elementos suficientes para uma investigação na casa com base em dados da Operação Lama Asfáltica. Escutas telefônicas indicam relação suspeita entre Mario Cesar e o empreiteiro João Amorim, por sua vez suposto membro de esquema de desvio de obras públicas.

O vice-presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB), disse nesta terça-feira (11) ainda não ter sido informado oficialmente sobre o possível pedido de processo na casa contra seu próprio presidente: “tomei conhecimento pela imprensa”. A orientação foi feita pela Corregedoria do MPE às promotorias do Patrimônio Público.