Texto prevê gerenciamento de Organizações de Saúde a hospitais públicos

Faltando apenas duas sessões para o recesso parlamentar, o líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, Rinaldo Modesto (PSDB), vai interceder para que o projeto que prevê gerenciamento de alguns hospitais da rede pública por meio das OSS (Organizações Sociais de Saúde) entre em pauta de votação amanhã. O tucano quer aprovar o texto antes que os deputados parem os trabalhos parlamentares por duas semanas. A pressa é do Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), que tem objetivo de aplicar o sistema no hospital São Luiz em Dourados. 

Para convencer os colegas, Rinaldo usa argumento de que em Goiânia 14 dos 16 hospitais são gerenciados pelas organizações. Ele esteve lá no início do mês e assegura que é um ótimo sistema. Na semana passada o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, foi à Casa de Leis pedir que haja ampla discussão antes da aprovação da medida, mas sem sucesso.

“É prioridade do Governo e houve certa divergência com pessoal da saúde, mas fui a Goiânia e fiquei admirado com a eficiência dos hospitais que têm OSS. Então vou tentar colocar em pauta amanhã”, explicou o líder. O próprio governador já havia dito que não havia tempo para discussão, já que o imóvel que abriga o São Luiz está alugado e, por isso, o atendimento deve começar o mais rápido possível.

Fato que só pode ocorrer com ajuda das OSS, ma vez que seguir os moldes ‘tradicionais’ com concurso e convocação demandaria mais tempo. Além disso, o chefe do Executivo destacou que alguns municípios querem passar o comando das Santas Casas ao Governo do Estado. “Tenho que colocar o hospital em Dourados que nós alugamos, precisamos colocar ele para funcionar. Temos algumas Santas Casas que querem entregar ao governo o gerenciamento porque não tocam mais e o governo precisa ter esse instrumento para colocar (o projeto) aonde entender”, disse na ocasião.

Ele aproveitou para esclarecer que não possibilidade de aplicar a medida ao Hospital Regional como haviam afirmado. “O governo nunca pensou em levar OSS para dentro do Regional. Ali só precisamos modernizar, ampliar leito, melhorar. Nos temos ali um quadro de servidores concursados e acabamos de chamar mais 220 funcionários, então não é essa a ideia”, concluiu.