Justiça negou pedido para afastar 17 parlamentares

Os vereadores de Campo Grande estão reunidos na manhã desta quinta-feira (1º), a portas fechadas, no gabinete da presidência da Câmara Municipal. Por enquanto, poucos se manifestaram sobre a decisão da Justiça de negar pedido de afastamento de 17 parlamentares, apontados na Operação Coffee Break como envolvidos em suposto esquema de corrupção para cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP).

“Tudo que estamos sabendo é pela imprensa, assim como sobre o pedido de afastamento. Isso deveria ter segredo de justiça, até para evitar um julgamento antecipado”, diz João Rocha (PSDB), presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.

“Vivo um dia de cada vez, não vale a pena sofrer antecipadamente, nem sonhando ou batendo palma para o que nem aconteceu”, emenda o tucano, ao comentar, por telefone, os desdobramentos da Operação Coffee Break.

Outro que atendeu às ligações foi Chiquinho Telles (PSD). “Nem tinha sido ouvido. Se isso (negado o pedido de afastamento) realmente aconteceu, prevaleceu a justiça”, opina o parlamentar.

Chiquinho diz defender a continuidade das investigações. No entanto, ressalta que os citados precisam ter a oportunidade de se defenderem.

Não se sabe qual a pauta ou o número de vereadores reunidos na presidência da Câmara. O plenário está vazio, enquanto a sessão ordinária estava prevista para começar às 9h.

Campo Grande tem 29 vereadores. Um a menos atualmente, já que, desde 25 de agosto, o então presidente da casa, Mario Cesar (PMDB), está afastado por ordem judicial também decorrente da Coffee Break.