Lama Asfáltica: empresas terão que provar doações a pessoas físicas

Receita vai investigar omissão de rendimento

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Receita vai investigar omissão de rendimento

De acordo com o delegado da Receita Federal em Mato Grosso do Sul, Flávio de Barros Cunha, as empresas que estão sendo investigadas na Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal em conjunto com a Receita e a CGU (Controladoria Geral da União) terá que provar as doações feitas para pessoas físicas. Cunha estava na coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (9) na Polícia Federal.

Ainda de acordo com Cunha, as pessoas que fizeram doações para as empresas também terão que provar as doações. “Eles terão que apresentar comprovantes, documentos. Podem apresentar um depósito bancário, por exemplo”.

Segundo o delegado, se comprovadas as irregularidades as empresas envolvidas podem ser impedidas de prestarem serviços ao poder público. Durante as investigações há indícios de que empresas pequenas receberam dinheiro para facilitar a participação em processos licitatórios.

“Tem empresa que passou de um capital social de R$ 3 milhões para R$ 36 milhões”.

Outro crime que será investigado pela Receita Federal é o de omissão de rendimentos. Na coletiva cedida na tarde desta quinta-feira (9) na Polícia Federal, os representantes das instituições envolvidas na Operação informaram que havia um esquema para as empresas assumirem as obras mesmo sem terem ganhado a licitação.

“No sistema há o envolvimento de agentes públicos e eles davam um jeito de forçar a empresa ganhadora (de deixar a obrar) para outra empresa assumiu a obra e isso envolvia corrupção”, relatou o delegado da Polícia Federal, Antônio Carlos Knoll.

Operação Lama Asfáltica

Na manhã desta quinta-feira a Polícia Federal, a CGU, o MPF (Ministério Público Federal) e Receita Federal, a Operação Lama Asfáltica, com o objetivo de desarticular organizações criminosas especializadas em desvio de dinheiro público.

A polícia cumpriu 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamento de servidores estaduais da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos) entre os locais está a casa do ex-assessor especial do ministro dos Transportes, Edson Giroto, e do empreiteiro João Amorim.

Cerca de 80 policiais federais, 13 servidores da CGU e 25 da Receita Federal participaram da operação. 

Conteúdos relacionados