Investigação será levada em conta em julgamento sobre cassação

Um CD com todas as informações da Operação Coffee Break já consta como parte do processo que, atualmente, garante o cargo de prefeito de a Alcides Bernal (PP). A inclusão atende pedido do pepista autorizado pela Justiça no começo deste mês.

O coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), promotor Marcos Alex Vera, avisou por ofício ao juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, que a documentação é cópia da investigação “na fase em que se encontra”.

Como os trabalhos estão em fase de diligência, continua o coordenador, “tão logo seja concluída a investigação” uma cópia integral será enviada ao magistrado. O material foi oficialmente guardado no cartório daquela vara na terça-feira (27).

Uma liminar concedida em maio de 2014, nesta ação, é que mantém Bernal no cargo, contrariamente ao ato de cassação dois meses antes, pela Câmara Municipal. A decisão chegou a ser reformada horas depois no TJ (Tribunal de Justiça) até que, em agosto deste ano, os desembargadores rejeitaram recurso do legislativo, no mérito, e mantiveram a decisão de primeira instância, reconduzindo o prefeito ao Paço Municipal.Juiz de ação pró-Bernal recebe CD com material da Operação Coffee Break

A , por sua vez, investiga se vereadores foram corrompidos para cassarem Bernal. Graças a esta investigação, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), e o vice-prefeito, Gilmar Olarte (PP), foram afastados dos seus respectivos cargos – de prefeito, no caso do segundo –, entre outras medidas, como a apreensão de celulares de investigados.

O juiz viu “pertinência dos fatos em investigação criminal com estes relatados” na ação contra a cassação e, no começo de outubro, autorizou a juntada das informações da Coffee Break. Na mesma decisão, também foi concedido mais prazo para que vereadores e terceiros interessados, como Olarte, apresentem suas contestações.