Rombo inicial nas contas chegaria a R$ 500 milhões, segundo Reinaldo Azambuja

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), acredita que a auditoria das contas do governo, para saber o que André Puccinelli (PMDB) deixou, vai demorar mais 10 dias. O tucano disse ter encontrado R$ 200 milhões em caixa, após ter falado em um rombo inicial na casa dos R$ 500 milhões

Uma das reclamações de Azambuja sobre a gestão de Puccinelli era referente ao tanto de obras inacabadas e sem dinheiro para concluir. Ele tinha declarado que precisaria de, aproximadamente, R$ 500 milhões para concluir tudo.

Porém, nesta quinta-feira (22), declarou que encontrou R$ 200 milhões deixados por Puccinelli entre empenho e verba do Fundersul. Se não aumentou o número de obras, o prejuízo deixado por Puccinelli reduziria para R$ 300 milhões em obras.

Mas, este total ainda será somado aos quase R$ 100 milhões em custeio e aumento do salário de servidores, que Azambuja alega estar estrangulando a nova gestão.

O novo governador está encontrando dificuldade, por exemplo, para acertar o salário dos professores. Ele alega que o novo governador fez promessa que não conseguiria cumprir, como se a partir deste ano surgisse um novo Estado e não uma continuidade do que já existia.

Além da arrecadação, dos restos a pagar, aumento da folha de pagamento e do duodécimo para os Poderes, Azambuja ainda cita como dificuldade a queda da arrecadação deste ano, que segundo ele está 8% mais baixa do que o mesmo período do ano passado.

Entre as medidas tomadas pelo governador estão o cancelamento de alguns contratos, redução no número de comissionados, otimização de espaço e até a busca por impostos não pagos, na chamada dívida podre. A ordem é ir à Justiça se for o caso para recuperar os R$ 5 bilhões perdidos.