Número de seguranças que acompanham Reinaldo é bastante superior ao de seu antecessor. 

Na agenda pública da manhã desta terça-feira (13), pelo menos uma dúzia de agentes, entre policiais e bombeiros militares, fazia a segurança do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Realidade bastante diferente de seu antecessor, André Puccinelli (PMDB).

Reconhecido pelo rompante e autoritarismo, Puccinelli fazia questão de ter ao seu lado o mínimo possível de seguranças, geralmente apenas um ajudante de ordens e o motorista. Em algumas ocasiões ele abria mão de seguranças e ia sozinho às agendas.

O atual chefe da segurança do governador tucano, o coronel da reserva da Policia Militar Nelson Antônio da Silva, informou, por meio de sua assessoria, que não houve mudança no efetivo designado para cuidar da ‘integridade física’ do chefe do Executivo Estadual, mas sim ‘nos procedimentos’ feitos pelos agentes.

Alegando ‘razões de segurança’, o coronel não quis revelar qual o tamanho do efetivo, e afirmou que especificamente na agenda desta terça-feira, o número de seguranças era maior devido à presença da equipe do serviço reservado, presentes na posse do novo comandante-geral da PM/MS (Policia Militar de Mato Grosso do Sul).

Fontes que trabalham diretamente na proteção do governador revelam que o protocolo de segurança do VIP (Very Important Person, sigla em inglês para designar o dignitário protegido), inclui pelo menos três equipes com um total de mínimo de nove agentes.

O atual chefe da segurança de Reinaldo disse ainda, que sua equipe está se antecipando aos eventos onde o governador é esperado e tão logo ele deixa o local, é feito um levantamento posterior. Esta prática leva Reinaldo a acreditar que bomba encontrada no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo foi colocada depois da cerimônia de posse, realizada no primeiro dia de 2015.

Entre as novas atribuições da segurança de Reinaldo estão o acompanhamento das entrevistas coletivas dadas pelo governador. É comum ver militares interferindo no posicionamento dos repórteres.

Na última semana, durante uma agenda na Governadoria com representantes de comunidades indígenas, um princípio de tumulto chegou a acontecer depois que um integrante da segurança de Azambuja tentou impedir um índio de se aproximar do tucano para fotografá-lo. Como Reinaldo posou para a foto, os ânimos se apaziguaram.

Também por questões de segurança, Nelson Antônio da Silva preferiu não detalhar se a mudança nos procedimentos aconteceu depois que a bomba foi encontrada embaixo da cadeira onde Reinaldo tomou posse.

O ex-chefe da segurança do governador, coronel da PM Cláudio Rosa da Cruz, continua à disposição, junto com outros três agentes, do ex-governador André Puccinelli. O militar foi procurado pela reportagem para comentar os porquês que levavam o peemedebista a dispensar parte do efetivo que devia acompanhá-lo, mas não foi encontrado.