Funcionários ainda trabalham no local; projeto está sendo analisado por comissão

Após anunciar que as obras do poderiam ser suspensas, o governo estadual decidiu manter os trabalhos no local. A decisão foi tomada após reunião, na tarde desta sexta-feira (16), na Secretaria Estadual de Infraestrutura, com membros da comissão que faz no empreendimento.

De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, a comissão que realiza uma auditoria nas obras do Aquário deliberou pela continuidade das obras. “Nessa reunião de hoje (sexta-feira 16), a comissão decidiu que as obras continuam normalmente. Agora será estabelecido um novo cronograma de serviços”, anunciou Miglioli.

A comissão à qual o secretário se referiu é formada por membros do próprio governo. Também tem representantes do MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público federal), CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Miglioli preferiu não firmar uma data de inauguração para o aquário. “Não fechamos uma data, pois ainda é prematuro determinar isso. Vamos aguardar como será a continuidade das obras para, assim, revelarmos para a imprensa”, disse.

A reportagem esteve no local, no Parque das Nações Indígenas, no fim da manhã de sexta-feira (16). Lá, um funcionário, dizendo-se da Agesul (Agência de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) e que não quis se identificar, disse que os trabalhos estavam parados.

A determinação inicial do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), era que nenhum recurso – mesmo as verbas já carimbadas para o aquário, deixadas por Puccinelii – seria investido, enquanto a auditoria não fosse concluída. No entanto, na sexta pela manhã havia alguns funcionários que, segundo um técnico da Agesul, trabalhavam na “organização do canteiro de obras”.

Auditoria

Logo que iniciou o mandato, o governador anunciou a criação dessa comissão. O objetivo é saber se o que já havia sido feito pelo governo anterior estava correto e, também, se os recursos deixados em um fundo seriam suficientes.

“Vamos fazer uma auditoria para reconhecer se o que foi feito está bem feito, dentro dos custos racionais, e se o que falta dá para ser concluído com os R$ 34 milhões que ficaram em uma conta do Fundo de Compensação Ambiental”, explicou o governador.

O tucano ressaltou, ainda, que o fato de ter dinheiro reservado não significa que o governo terá de concluir, de imediato, o projeto. “Não é porque ficou dinheiro que somos obrigados a gastar. Vamos gastar com segurança jurídica para o Estado. Até porque esta é uma obra que começou avaliada em R$ 87 milhões e, pelas informações, hoje já passa de R$ 200 milhões. Precisamos de segurança para o Estado”, concluiu, na ocasião.