Promotores estudam sistema antes de fazer análise

O Gaeco está no início da análise das mensagens enviadas por 17 pessoas que tiveram os celulares apreendidos na Operação Coffee Break. A quebra do sigilo telefônico levantou várias especulações e até a expectativa de novos crimes.

O vereador Alceu Bueno chegou a renunciar ao mandato após ser acusado de sair com menores. Na época, muita gente chegou a dizer que outros parlamentares também teriam saído com garotas, o que nunca foi provado.

Com a quebra de sigilo, criou-se a expectativa de que algum delito deste tipo fosse encontrado, mas até o momento, segundo o Gaeco, não há indícios de pedofilia na troca de mensagens entre vereadores.

“Em uma visão geral, não encontramos nada deste tipo de conteúdo”, declarou uma fonte do Gaeco. Os promotores continuam a análise e, caso encontrem outras irregularidades, enviarão o conteúdo para outros órgãos competentes. No caso de eventual indício de pedofilia, por exemplo, o caso seria encaminhado para a Promotoria da Criança e do Adolescente.

No momento o Gaeco estuda o sistema, que possibilitou a recuperação de diversas mensagens trocadas pelos investigados. Após isso os promotores começam o trabalho de análise das mensagens, comparando-as com  a quebra de sigilo bancário e os depoimentos prestados.

O Gaeco já encerrou a fase de depoimentos da Operação Coffee Break, mas com o término da análise das mensagens e do sigilo bancário e fiscal, alguns podem ser chamados novamente, caso apresentem contradição entre os depoimentos e o que foi apresentado, seja na conta bancária ou na troca de mensagens.

Os promotores apreenderam aparelhos celulares de Gilmar Olarte (PP), dos vereadores Mario Cesar (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Carlão (PSB), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB); do ex-vereador Alceu Bueno, dos empreiteiros João Baird e João Amorim e de Fábio Portela.