Olarte também pode ser cassado

O promotor do Gaeco, Marcos Alex Vera, finaliza na manhã desta sexta-feira (4) o relatório de investigação que pode pedir a cassação de vereadores de Campo Grande. Nove parlamentares figuram entre os investigados e correm risco de cassação, caso o Tribunal de Justiça aceite a denúncia e os condenem.

O Gaeco já ouviu mais de 20 pessoas durante a investigação, que colocou na berlinda Gilmar Olarte (PP), afastado do cargo há mais de três meses; os vereadores Mario Cesar (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Carlão (PSB), Chocolate (PTB), Gilmar da Cruz (PRB) e Edson Shimabukuro (PTB); os empresários João Amorin e João Baird e o ex-diretor do IMTI, Fabio Portela.

O relatório final do Gaeco será entregue à Procuradoria-Geral de Justiça, que define se precisará de novas diligências ou se já pode ser enviado ao Tribunal de Justiça, que decidirá se o processo continua ou não.

O Gaeco recolheu os aparelhos de todos os investigados, bem como dos vereadores Eduardo Romero (REDE), Flávio César (PTdoB) e Otávio Trad (PTdoB). As informações colhidas nos celulares e a quebra dos sigilos fiscais e bancários estão sendo usados pelo Gaeco para finalizar o relatório.

Os vereadores, vice-prefeito e empresários são suspeitos de terem articulado a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em troca de compra de voto, seja por meio de dinheiro ou por troca de cargos.

A Operação Coffee Break surgiu após quebra de sigilo telefônico de Olarte na Operação Adna, onde é suspeito de trocar cheques com agiotas para cassar Bernal. Ela explodiu de vez depois que a Polícia Federal captou novos áudios, desta vez na Operação Lama Asfáltica, onde também falavam da cassação de Bernal. Com os áudios o Gaeco deflagrou a operação, que chegou a deter por um dia nove vereadores e os empresários, por cinco dias Gilmar Olarte, e afastou Mario Cesar por três meses do cargo.