Promotor não convocou novos depoimentos

Após dias de muita correria e expectativa, o Gaeco passou uma semana e inicia outra sem novidades na Operação Coffee Break. Na semana passada o Gaeco não ouviu ninguém e nesta semana também não divulgou programação de interrogatórios.

Coincidentemente, o Gaeco parou os interrogatórios após a oitiva com o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e a presidente do PMDB em Campo Grande, Carla Stephanini. A secretária de João Amorim, Elza Amaral e o vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP), dois nomes importantes na operação, ainda não foram ouvidos.

Na semana passada o Gaeco informou que daria uma pausa nos interrogatórios para analisar os depoimentos prestados até o momento, bem como o resultado da perícia nos 17 aparelhos celulares apreendidos. Todavia, a pausa vai alimentando expectativa, seja para possível prisão ou para esfriamento da operação, que afastou Olarte e o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), e deteve oito vereadores, um ex-vereador, dois empresários e um diretor do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação de Campo Grande.

Comissão na Câmara

A Comissão de Ética criada na Câmara para investigar os vereadores envolvidos na Coffee Break também está parada. A Procuradoria da Câmara segurou os documentos enviados pelo Ministério Público Estadual com o interrogatório feito com vereadores e a comissão ainda aguarda acesso aos documentos para começar os trabalhos.

A Comissão de Ética foi criada como uma tentativa da Câmara de minimizar a pressão sofrida com a detenção dos vereadores investigados. Todavia, a comissão não tem prazo para terminar os trabalhos e pode ir arrastando até o próprio Gaeco tomar uma atitude, seja pedindo prisão, afastamento ou absolvendo os envolvidos.

A Coffe Break tem por objetivo apurar suposta compra de voto para cassação de Alcides Bernal (PP) e teve início com afastamento de Olarte e detenção para esclarecimento dos vereadores: Mario Cesar, Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Chocolate (PP) e Gilmar da Cruz (PRB); do ex-vereador Alceu Bueno, dos empresários João Baird e João Amorim, e do ex-diretor do IMTI, Fábio Portela. O Gaeco apreendeu os celulares de todos os detidos e do trio de vereadores do PTdoB, Eduardo Romero, Flávio César e Otávio Trad.