Ex-assessor nomeado na Câmara diz que devolvia parte do salário ao chefe

Vereador também é acusado de enriquecimento ilícito 

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Vereador também é acusado de enriquecimento ilícito 

Um dos ex-assessores nomeados na Câmara Municipal de Campo Grande denunciou o vereador que o nomeou por, supostamente, pegar de volta parte do salário que ele recebia. Evandro Batista da Silva, foi assessor e motorista do vereador Waldecy Batista Nunes (PTB), o Chocolate, entre 2013 e 2014. Ele contou à Polícia Civil que após ter os vencimentos quadriplicados, manteve o ‘acordo’ por pouco mais de um ano.

Conforme depoimento, o assessor começou a trabalhar com o parlamentar na campanha, e assim que Chocolate foi eleito, foi chamado para continuar no cargo com salário de R$ 1,2 mil. Quatro meses depois, o salário passou para R$ 4,9 mil. Líquido, os ganhos chegavam a R$ 4 mil. Deste valor, durante mais de um ano ele devolvia mensalmente R$ 2,850 mil para o vereador.

Segundo o ex-assessor, Chocolate dizia que usariaa diferença para pagar outros funcionários do gabinete que não estavam nomeados. Com a denúncia, o vereador também passou a ser investigado por enriquecimento ilícito.

A relação entre o denunciante e o chefe teria se deteriorado após a cassação de Bernal. Segundo o ex-assessor, ele não concordava com o voto do vereador a favor da retirada do então prefeito. Além disso, ele disse à polícia que Chocolate teria passado a ter comportamento agressivo com os funcionários.

A delegada Ana Cláudia Marques Medina, da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), confirmou o depoimento, mas disse que não pode dar mais detalhes sobre as investigações porque o inquérito foi encaminhado para o Gaeco (Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado).

O Grupo por sua vez, disse que está analisando os documentos para ver se podem ser anexados a investigação Coffee Break, que está ouvindo os envolvidos na cassação de Alcides Bernal, para apurar se houve alguma irregularidade. Porém, segundo a assessoria, ainda não a nada concreto, uma vez que a investigação da Polícia Civil, feita em paralela ao do Gaego, tem muitas informações repitas.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax procurou o vereador Chocolate, mas até o momento da publicação, o mesmo ainda não havia se pronunciado sobre o caso.

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