Categoria está em desde maio e reclama da falta de ação no Legislativo

Professores da rede municipal de , em greve desde 25 de maio, protestam contra na Câmara Municipal, na manhã desta quarta-feira (8), apresentando pizzas aos vereadores. “Eles são responsáveis por tudo que está acontecendo”, justifica o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Básica), Geraldo Gonçalves.

A categoria cobra solução sobre os pedidos da campanha salarial, que envolvem basicamente a chamada integralização do piso salarial local ao nacional. Na prática, isso significa 13,01% de reajuste.

Segundo o presidente da ACP, é a 13ª vez que grevistas vão à Câmara desde o início da paralisação e “os vereadores, que deveriam zelar pelas leis, são responsáveis por fiscalizar e ajudar o prefeito a administrar, não apresentam solução”. A categoria defende que lei federal prevendo a equalização do piso, além de legislação municipal neste sentido, não está sendo cumprida.

Os professores levaram ao menos 50 pizzas para a porta da Câmara Municipal. A decisão de endurecer com os vereadores surgiu na terça (7), após frustrada tentativa de acordo, com intermediação do MPE (Ministério Público Estadual).

A última proposta da prefeitura foi de reajustar os salários dos professores em 8,5%, parcelados. A categoria diz que aceita parcelar, mas quer os 13,01%.

O caso também parou na Justiça. Em ação da Prefeitura que questiona a legalidade da greve, o MPE opinou que seja agendada audiência de conciliação entre as partes, procedimento não adotado até o momento: “sabemos da independência entre os poderes, mas já fomos 13 vezes procurar o Legislativo, 12 vezes o Executivo e não resolveram; depois ficam bravos quando o Judiciário intervém para tentar resolver”, analisa o presidente da ACP.