Mochi afirma que não saber de nomes que queiram deixar o partido

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, minimizou os efeitos da Operação Lama Asfáltica dentro do partido e garantiu desconhecer intenção de lideranças em deixar a cúpula. Ele diz acreditar ser prematuro tomar decisão do tipo, já que a investigação ainda não apresentou resultados concretos, nem mesmo nomes de possíveis culpados e garantiu que ninguém se manifestou oficialmente quanto à debandada. 

“Não vi isso, nem sei quem está fazendo este tipo de manifestação sobre sair do partido e é prematuro fazer este tipo de avaliação. Temos que esperar, aguardar o relatório final, se vai mesmo abrir inquérito, quais são os processos e quem são os reais envolvidos. Não sabemos de nada ainda”, disse.

Nos bastidores os vereadores Paulo Siufi e Magali Picarelli não negam a possibilidade de migrar para outra sigla. Além disso, o deputado estadual Marquinhos Trad também segue afirmando que está apenas aguardando janela partidária para deixar a cúpula. Mesmo assim, Mochi assegura estar tudo bem na legenda.

O dirigente, inclusive, disse que no próximo mês serão realizadas convenções municipais em todo o Estado para afinar discurso pensando em 2016. “Estamos organizando o partido nos municípios, novos diretórios serão constituídos, está tudo tranquilo, tudo normal”, avaliou.

Tanto que os planos se estendem à eleição de 2018 quando o PMDB pretende lançar candidato à Presidência da República, segundo o dirigente nacional da legenda e vice-presidente da República Michel Temer declarou hoje pela manhã. O deputado ainda não sabe como será a participação sul-mato-grossense no processo, porém apoia a iniciativa.

“O PMDB não pode mais abrir mão de disputar nacionalmente. Quem não disputa o campeonato acaba perdendo a torcida. Chega de ser coadjuvante”, finalizou. O PMDB mantém aliança com o PT nacional e, por isso, sempre ocupou a Vice-Presidência para que petistas ocupassem o primeiro plano.