Vereadores apontam sanções decorrentes da quebra de decoro parlamentar
O indiciamento criminal do vereador Alceu Bueno (PSL) pode resultar na cassação do mandato parlamentar, o primeiro da curta carreira política do edil que se apresentou na última campanha como ‘missionário’ da IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus).
Uma comissão processante deverá ser instalada na sessão ordinária da próxima terça-feira (28). A vereadora Thais Helena (PT), 2ª vice-presidente da Câmara da Capital, explica que as sanções da medida podem ser uma advertência verbal, afastamento temporário ou a cassação do mandato.
“Eu acho difícil advertência ou afastamento. A sociedade vai nos cobrar muito”, apontou a petista. “Sabemos o trabalho que é feito no combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes. E você vê um operador da lei, aquele que representa e tem que lutar pelo povo, estar envolvido e um caso de exploração sexual de adolescente é muito lamentável. Não punir da maneira mais severa não é o ideal”, emendou.
O presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB), revelou que já enviou um ofício para a Polícia Civil solicitando uma cópia do inquérito no qual Alceu Bueno aparece como indiciado. O documento irá embasar o pedido de criação da Comissão Processante.
O peemedebista ponderou que a Casa já mostrou que está disposta a apurar com ‘lisura’ e ‘transparência’ o caso, ‘pulando etapas’ e criando uma comissão com vistas à cassação do mandato.
O presidente não quis emitir sua opinião sobre o caso, porém afirmou que “a imagem da Câmara não pode ser jogada na lixo por conta de um vereador”, afirmando que a sociedade não pode ‘generalizar’ ao condenar a classe política.
Para o vereador Paulo Pedra (PDT), 3º vice-presidente da Casa, o caso envolvendo um colega “denigre a imagem da Câmara que já está muito abalada”. O pedetista também é favorável à criação da Comissão Processante e pontua que com o surgimento de indícios que incriminem o colega, os parlamentares precisam cumprir o que comissão determinar.