Comissão foi aberta no início de setembro

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Indígena Missionário), criada para apurar a conduta da organização com as comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul inicia as oitivas na próxima terça-feira (13), às 14 horas, na Assembleia Legislativa.

Serão ouvidos o sociólogo e jornalista Lorenzo Carrasco e o jornalista Nelson Barretto. Também está prevista reunião da comissão para a quarta-feira (14), às 14 horas. Lorenzo Carrasco é autor do livro Quem manipula os povos indígenas contra o desenvolvimento do Brasil e coautor dos livros Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial e Máfia Verde 2: ambientalismo, novo colonialismo.

Nelson Barretto é autor dos livros Revolução Quilombola e Tribalismo Indígena: Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no século XXI: 30 anos depois. A CPI é presidida pela deputada Mara Caseiro (PMDB). Marquinhos Trad (PMDB) é o vice-presidente e Paulo Corrêa (PR) o relator. Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB) são os outros membros do grupo de trabalho.

A CPI foi criada no início de setembro, depois que a deputada estadual, Mara Caseiro (PTdoB), que atualmente preside o grupo, apresentou o requerimento. O objetivo, segundo a parlamentar, é investigar possíveis incitações a invasões de terra, na visão dos fazendeiros, e ocupações, no ponto de vista dos indígenas.

Depois da polêmica pela criação da CPI, o deputado Pedro Kemp (PT), que também participa da comissão, apresentou requerimento para a abertura de CPI que vai investigar 15 anos de mortes de índios no Estado. A comissão ainda passará pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia e até quarta-feira (14), o presidente da Casa de Leis, o deputado estadual Junior Mochi (PMDB), se comprometeu a dar a resposta sobre a abertura da nova CPI.