Manifestação ocorrerá em todo o Brasil

Os deputados estaduais, incluindo petista, são favoráveis ao nacional marcado para o próximo domingo (16) contra o atual cenário político, bem como pedindo a saída da presidente da República, Dilma Rousseff (PMDB). No entanto, eles ressaltam que não deve haver influência de partidos ou de pessoas partidárias, para que o espírito democrático seja preservado e acreditam que trocar de presidente não é a resposta. 

Pedro Kemp (PT), por exemplo, defende que todos têm direito de se manifestar, porém assegura que nesta situação muitas siglas de oposição ao Governo Federal estão aproveitando para fazer ataques desleais. Ele se recorda da época em que petistas pediram a saída do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“São democráticas, legítimas, todos têm direito, não vejo problema. Mas acho que tem conotação política, principalmente por parte dos partidos de oposição. Estão se aproveitando da crise estimulando e insuflando essas manifestações. Quando o PT era oposição, gritávamos fora FHC, então é normal este tipo de manifestação”, disse ressaltando que a cúpula só não aceita falar em impeachment.

“É um momento de crise, que não ocorre só no Brasil. É um momento difícil, mas não há motivo de saída dela. Se tivesse prova aí sim poderia ser discutida no congresso, mas agora não”, defendeu. O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), opina que as manifestações populares são essenciais para formação política do cidadão. “O que percebe é que a população pensa que tem afastar a presidente, como se essa fosse a única saída, e eu não sei se é”, completou.

Neste mesmo sentido está a avaliação do lidero do Governo do Estado Na Casa de Leis, Rinaldo Modesto (PSDB). “Direito de se manifestar. Não é uma coisa de partido, e sim as pessoas, não partido A ou B. É um momento difícil de crise. O País chegou no fundo do poço. Não sei se impeachment seria a saída. O congresso tem que avaliar se tem materialidade de que a presidente infringiu algum dispositivo legal.

Eduardo Rocha compartilha desta mesma opinião. “Estou vendo que as pessoas querem ir para rua. Acho que vai ser grande. Não defendo o impeachment, ninguém pode ser afastado por conta da crise, se houver comprovação e irregularidades forem apontadas, mas não no momento de crise”.