Deputado quer mandato dos que ‘abandonarem barco’ no PMDB

Deputado alega que Lama Asfáltica não é desculpa para desfiliação

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Deputado alega que Lama Asfáltica não é desculpa para desfiliação

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) garantiu que os correligionários que deixarem a cúpula usando a Operação Lama Asfáltica como justificativa, perderão os respectivos mandatos, caso o tenham. Para ele, a investigação da Polícia Federal não é motivo para deixar a sigla e caracteriza infidelidade partidária, argumento que será usado para ficar com os mandatos. 

Na Câmara Municipal, dois vereadores dão sinais de que podem migrar para outra legenda. Paulo Siufi e Magali Picarelli ainda não confirmaram, mas não negam haver tal possibilidade. Rocha explicou que mesmo tratando-se de legisladores da Câmara Municipal, que têm pouco mais de um ano de mandato para cumprir, perderão as cadeiras na Casa de Leis.

“Em 90 dias a gente consegue provar infidelidade partidária na Justiça. Isso para deputado, vereador ou quem que seja porque tem que ter um motivo muito forte para sair do partido e esse não é”, avaliou. No entanto, caso haja janela partidária o cenário muda de figura. “Aí não tem jeito. E não vão sair somente do PMDB, vão sair do PT, PSDB, essa será a oportunidade”, disse.

A janela já passou por votação na Câmara Federal e agora tem que ser aprovada no Senado. O texto dá prazo de 30 dias para políticos que querem trocar de agremiação sem perder mandato. O deputado federal, Carlos Marun (PMDB), foi mais brando, entretanto também concorda que a Lama Asfáltica não representa justificativa para saída da sigla. “Até mesmo porque a população entende essa situação e sabe que não é assim. Quem quiser sair que saia, não precisa arrumar desculpa”, opinou.

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