Marun admite reflexo negativo na defesa a Cunha

O deputado Carlos Marun (PMDB) não estranhou e nem fez críticas ao discurso da presidente Dilma Rousseff (PT), onde disse ser honesta. Nesta quarta-feira (16) a presidente subiu o tom e disparou críticas a adversários, dizendo que muitos dos que a acusam têm a ficha que não resiste a uma pesquisa rápida no Google.

Indagado sobre esta nova linha da presidente, um pouco mais agressiva, o deputado Carlos Marun (PMDB), um dos defensores do impeachment da presidente, preferiu não fazer críticas pessoais, mas disparou com o governo do PT.

“Não tenho condições de fazer qualquer acusação em relação a honestidade pessoal da presidente. Se fizesse, estaria sendo leviano. Mas ela é a grande beneficiária de um grande esquema de corrupção que vem há anos sustentando este projeto de poder do PT. Daí, isso se constituiria em motivo. Não levei dinheiro para Casa, mas é presidente em função do esquema de corrupção que sustentou o PT e sustenta há muitos”, opinou.

Marun tem sido um dos protagonistas desta conturbada fase em Brasília. Ele tem tomada posições polêmicas, como a de defender o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que também está balançando no cargo. Questionado sobre um possível efeito negativo, da defesa de alguém que pode ser condenado a qualquer momento, Marun não se mostrou tão preocupado.

“Os efeitos eleitorais no primeiro momento podem até ser negativos, mas acho que a longo prazo a população valoriza quem realmente tem coragem de defender aquilo que entende ser mais certo. Entendo ser mais certo, principalmente no momento que estamos vivendo o devido processo legal”, justificou.

Marun está convicto da defesa que está fazendo a ponto de considerar muita coincidência o fato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter pedido o afastamento de Eduardo Cunha no dia que o Supremo Tribunal Federal começou o julgamento sobre o processo de impeachment. Na avaliação do peemedebista, Marun tem “obsessão por Cunha”.