Kemp afirmou que vai pedir anulação das palestras

A CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) realiza nesta terça-feira (13) primeira oitiva  em meio à polêmicas e discussões. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) criticou a presidente da Comissão, deputada Mara Caseiro (PT do B) por desrespeitar regimento interno da Assembleia Legislativa ao  “transformar oitiva de CPI em palestra.”

Segundo deputado, Mara agiu contrariamente ao Art. 51, inc. II, do regimento da Assembleia, que descreve trabalho de uma CPI. “O artigo é claro, no regimento não há previsão de reunião com palestras. Os convidados devem prestar depoimento, com provas, documentos. Isso que está sendo feito aqui hoje deveria ser audiência pública. CPI é para determinar diligências, ouvir testemunhas e não palestrantes”. Kemp foi vaiado pela plateia, formada por produtores rurais que acompanham oitiva, enquando fazia pronunciamento.

O petista solicitou que o conteúdo das palestras do jornalista Nelson Barreto e do sociólogo Lorenzo Carrasco não sejam registrados em ata por não atenderem caráter de depoimento. “Respeito os convidados, mas o que foi dito aqui não deve ser registrado, não deve valer, isso foi palestra, teatro com direito a aplausos, mas não foi reunião de CPI”.

Em seguida, Kemp conversou com imprensa e disse que irá solicitar reunião para esta quarta-feira (14) com todos membros da CPI do Cimi e também com presença do pesidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB). O deputado disse que se for preciso vai pedir intervenção do presidente da Casa para evitar que palestras aconteçam novamente na CPI. Fazem parte da CPI, deputados: Mara Caseiro (PT do B), presidente; Paulo Corrêa (PR), relator; Onevan de Matos (PSDB); Marquinhos Trad (PMDB) e Pedro Kemp (PT), membros.