‘Batata quente’ vai parar nas mãos do Gaeco

O desembargador Luiz Claudio Bonassini, responsáver por afastar o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), e o então prefeito, Gilmar Olarte (PP), deixou para o Ministério Público Estadual (MPE) a responsabilidade sobre o pedido de afastamento dos oito vereadores investigados na Operação Coffee Break.

O procurador-geral do MPE, Humberto Brites, orientou os suplentes de vereadores a acionar a Justiça para tentar garantir o mandato dos investigados. A suplente do vereador Chocolate (PP), Jacqueline Hildebrand, seguiu a orientação e acionou a Justiça, mas Bonassini extinguiu a ação, avaliando que cabe ao MPE fazer o pedido, visto que Jacqueline não é parte na ação.

A decisão de Bonassini joga para o Ministério Público a decisão e provoca um empurra-empurra, tendo em vista que o próprio Ministério Público enviou o processo para a Câmara, pedindo para os vereadores tomarem providência.

A reportagem já questionou o chefe do Gaeco, Marcos Alex Vera, sobre possível pedido de afastamento, mas ele disse, na semana passada, que o afastamento, pelo menos à princípio, só deve ocorrer se os investigados prejudicarem os trabalhos.

Além de Chocolate e Mario Cesar, figuram como investigados e com risco de afastamento os vereadores: Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB) e Carlão (PSB).

O Gaeco continua ouvindo investigados e testemunhas da Operação Coffee Break, que investiga possível articulação para cassação de Alcides Bernal (PP). O promotor Marcos Alex Vera promete ouvir todos os citados, sejam em escutas ou em depoimentos. A previsão é de que pelo menos dez novos personagens sejam ouvidos nos próximos dias. Destaque para a oitiva com o ex-governador André Puccinelli (PMDB), ainda nesta semana, e de Gilmar Olarte, o último a ser ouvido.