CPI e resistência da base tendem a minar pedido de cassação de Olarte

Oposição oficializa pedido nesta terça-feira

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Oposição oficializa pedido nesta terça-feira

Vereadores da oposição já anunciaram que vão formalizar nesta terça-feira (19) o pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP). O pedido é o primeiro passo para uma eventual cassação do gestor. Todavia, a oposição deve ter muito trabalho para tirar o pedido do papel.

A dificuldade está no número de votos necessários para a abertura da Comissão Processante. Diferentemente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que precisa de 10 dos 29, a Comissão Processante necessita da assinatura de 20 dos 29 vereadores para decolar.

A principal dificuldade da oposição está na já criada CPI das Contas Públicas. Vereadores como Gilmar da Cruz (PRB), por exemplo, já declararam que aguardam fim da CPI para decidir se continuam ou não com o prefeito.

 Como a CPI tem como finalidade descobrir o que levou a Prefeitura à crise, muitos entendem que este seria  o primeiro passo para identificar o que está acontecendo e saber se tirar o prefeito atual do cargo resolveria ou não o problema.

Base VS oposição

A oposição, que já teve trabalho para chegar a 10 assinaturas e emplacar uma CPI, terá uma tarefa ainda mais difícil pela frente, visto que ainda contando com independentes, tem só 11 votos na Câmara.

Atualmente, a oposição conta com: Alex do PT, Ayrton do PT, Thais Helena (PT), Cazuza (PP), José Chadid (sem partido), Luiza Ribeiro (PPS) e Paulo Pedra (PDT). Figuram entre os que se classificam como independentes os vereadores Eduardo Romero (PTdoB), Chocolate (PP), Chiquinho Telles (PSD) e Carla Stephanini (PMDB).

Apesar de baqueada, a base do prefeito continua com maioria, composta por 17 vereadores e destaque para os mais fiéis, visto que têm cargos ou outros interesses. Neste grupo mais fervoroso figuram os vereadores:

Edil Albuquerque-PMDB (líder do prefeito), Paulo Siufi-PMDB (responsável por algumas indicações), Dr. Loester-PMDB (suplente, só está na Câmara por ajuda de Olarte, que indicou Dr. Jamal-PR para a Secretaria de Saúde), Coringa-PSD (indicou a Secretária de Juventude), Delei Pinheiro-PSD (fez indicações na Emha), João Rocha-PSDB (fez indicações para a Funesp e cargos na Secretaria de Educação), Carlão-PSB (partido fez indicação para cargo) Airton Saraiva-DEM (atua como líder do prefeito, embora não seja oficializado). Com oito vereadores, precisariam de apenas outros dois para barrar o pedido.

Somam-se aos oito mais fervorosos os vereadores que, ao menos oficialmente, não têm cargo, mas na maioria dos casos votam com o prefeito: Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Herculano Borges (SD), Francisco Saci (PRTB), Betinho (PRB), Gilmar da Cruz (PRB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Magali Picarelli (PMDB). O vereadores Mario Cesar (PMDB) preside a casa e, geralmente, não vota. Já o vereador Edson Shimabukuro (PTB) enfrenta problemas de saúde e está afastado há alguns meses. 

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