Movimentos sociais querem cassação de vereador
Movimentos em defesa da mulher e de enfrentamento à violência sexual encaminharam à Câmara da Capital uma nota de repúdio e um pedido de cassação da do vereador Alceu Bueno, envolvido em um escândalo de exploração sexual de adolescentes. Uma comissão foi criada para acompanhar as menores suspeitas de envolvimento no caso.
Pelo menos 24 mulheres se reuniram no gabinete da vereadora Carla Stephanini (PMDB), que preside a Procuradoria Especial da Mulher. Entre as participantes estavam representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), movimento negro, comissão de saúde entre outros.
“É uma preocupação com as meninas e seus vínculos com as famílias”,afirmou Carla Stephanini. Segundo ela, a comissão das representantes de diversas entidades, vão atrás de órgãos como OAB, DGPC (Delegacia-Geral de Polícia Civil) e MPE (Ministério Público Estadual), que têm competência legal para tentar manter a integridade física das adolescentes envolvidas no escândalo.
“Nós criamos essa comissão para manter a proteção dessas meninas, e cada órgão fazer o possível para que essa caso seja julgado e o direito das crianças seja respeitado. Por mais, que elas sejam adolescentes e tenham um discernimento maior, elas são vitimas”, afirmou Daniela de Cássia Duarte, coordenadora do Comcex (Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Cometida contra Crianças e Adolescentes).
Durante a reunião, as mulheres ainda repudiaram a extensa violação dos direitos das adolescentes e exigida a proteção para as adolescentes e para suas famílias. O documento ainda cita a fiscalização da Defensoria Pública na aplicação das medidas judiciais.
“Não podemos permitir que isso aconteça. E como o representante do povo, o vereador Alceu Bueno tem que ser punido e servir de exemplo para a sociedade”, pontua Thais Helena (PT). As entidades preparam um ato para o dia 18 de maio, dia nacional de combate à exploração sexual.
Carla prometeu convocar toda a bancada feminina da Câmara para acompanhar o desdobramento do caso, e também para executarem ações educacionais em frente às escolas da Capital, com o intuito de evitar o aliciamento de crianças e adolescentes.