Nove são investigados e 12 tiveram celulares apreendidos

A Câmara Municipal de Campo Grande estuda criar uma comissão de ética para analisar a situação de vereadores investigados na Operação Coffee Break, suspeitos de participar de suposto esquema de corrupção para cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP). Este colegiado poderia pedir a abertura de processo interno contra parlamentares, podendo, por exemplo, determinar em afastamento dos cargos.

Por enquanto, a Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal estuda os encaminhamentos do caso – o presidente, Flávio César (PTdoB), chegou a dizer que não há competência legal, por parte do parlamento, para afastar os colegas. A comissão de ética, portanto, é que teria a prerrogativa prevista no regimento interno para que o parlamento afaste vereadores.

A possibilidade de criação da comissão de ética foi revelada pela vice-presidente da casa, Thais Helena (PT), na manhã desta quarta-feira (2). Pelo que se sabe até agora, nove vereadores são investigados pela Coffee Break, incluindo Mario Cesar (PMDB), afastado da presidência por decisão judicial, e 12 tiveram celulares apreendidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) – a casa tem 29 parlamentares.

No dia 25 de agosto, véspera do aniversário de Campo Grande, o então presidente, afastado do cargo na ocasião, e os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PMDB) foram depor ao Gaeco, na condição de investigados.

Flávio César (PTdoB), agora na presidência, Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB) tiveram os celulares apreendidos, junto com os demais, além do ex-vereador Alceu Bueno e os empresários João Amorim, João Baird e Fábio Portela, e o vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP). Estes últimos cinco também são investigados.