Colegiado investiga quebra de decoro de investigados na Coffee Break

A Câmara Municipal de Campo Grande estuda convidar outras instituições a acompanharem os trabalhos da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que apura a situação de vereadores investigados na Operação Coffee Break, sob suposto esquema de corrupção visando cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP). O objetivo seria dar mais transparência aos trabalhos.

O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira (9) entre o presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB), e Chiquinho Telles (PSD), membro da comissão. Um dos convidados a participar seria o MPE (Ministério Público Estadual).

A Coffee Break é comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), por sua vez um braço do MPE. A Comissão de Ética foi anunciada na terça-feira (8), após a procuradoria jurídica da Câmara analisar pedido de providências da promotoria acerca dos vereadores investigados.

Em decorrência da operação, Mario Cesar (PMDB) foi afastado da presidência da Câmara no dia 25 de agosto. Já os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PMDB) são investigados, enquanto Flávio César, Eduardo Romero (PTdoB) e Otávio Trad (PTdoB) tiveram, junto com os demais, os celulares apreendidos.

Chiquinho compõe a Comissão de Ética, como vice-presidente, junto com João Rocha (PSDB), o presidente, Vanderlei Cabeludo (PMDB), Herculano Borges (SD) e Ayrton Araújo (PT). Na visão dele, “não só o MPE, mas outros órgãos fiscalizadores também deveriam participar, para dar mais transparência ao trabalho”.