Bernal chega a dois meses sem líder e com apenas quatro na base
Prefeito só tem apoio de 13% dos vereadores
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Prefeito só tem apoio de 13% dos vereadores
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), enfrenta o mesmo problema de quando assumiu o cargo pela primeira vez, em janeiro de 2013: dificuldade para dialogar com vereadores.
Passados dois meses de gestão, Bernal não conseguiu sequer eleger um líder na Câmara. O vereador Cazuza (PP) é citado na Câmara como líder do prefeito, devido à proximidade entre os dois, mas Bernal nunca o oficializou.
Quando chamado de líder do prefeito, Cazuza diz que é líder do PP, partido onde é presidente municipal e Bernal o dirigente estadual. O vereador Alex do PT era o mais cotado para o posto, mas Bernal não conseguiu se entender com a bancada do PT, que chegou a sair da base.
O secretário de Governo, vereador licenciado Paulo Pedra (PDT), chegou a anunciar que chegaria a 20 vereadores na base, mas até o momento não teve sucesso. Pelo contrário, Bernal conseguiu reduzir o número de apoiadores.
Antes de ser cassado, Bernal tinha na base os vereadores: Alex do PT, Ayrton do PT, Zeca do PT, Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra (PDT) e Cazuza. Hoje só tem quatro parlamentares, incluindo um que o apoia por questões políticas: Luiza, Cazuza, Betinho (PRB) e Eduardo Cury (PTdoB), que é suplente e está no cargo por abertura de espaço dada por Bernal, o que o obriga a apoiá-lo.
Bernal teve sérios problemas quando assumiu o mandato em 2013. O prefeito se desentendeu com vereadores e acabou sendo cassado com o voto de 23 dos 29. Ele conseguiu retornar ao cargo por decisão liminar e continua na guerra com os vereadores.
Na sexta-feira passada Bernal chegou a ser convocado na Câmara para falar sobre o envio de policiais armados para a sessão e o clima não foi nada bom. O prefeito se desentendeu com Airton Saraiva (DEM) e ameaçou ir embora da reunião, dizendo que poderiam cassá-lo novamente.
A situação foi contornada e ao final eles chegaram a dar coletiva, dizendo que o encontro serviu para estreitar laços, o que não era verdade. A relação do prefeito com vereadores está pior do que da primeira vez, visto que a guerra judicial entre eles não terminou. Desta vez não é só Bernal que figura como réu. Pelo menos nove vereadores sofrem investigação do Gaeco e também correm risco de perder o mandato. Mario Cesar (PMDB) e Gilmar Olarte (PP), por exemplo, já estão afastados há dois meses.
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