Visita deve ser acompanhada por MPE, MPF, CAU, Crea e TCE

O governador (PSDB) vai aproveitar a visita ao , na segunda-feira (5), para anunciar as medidas em relação à obra. O tucano já afirmou que vai paralisar o empreendimento até a conclusão da externa sobre o investimento já aplicado.

Segundo a assessoria do governo, a vistoria está prevista para as 9h30 de segunda-feira (5), quando deverá anunciar medidas administrativas relativas ao empreendimento, que está sendo edificado no Parque das Nações Indígenas.

Azambuja vai criar uma comissão e convidar MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público federal), CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e TCE (Tribunal de Contas do Estado) para auditar a obra do Aquário do Pantanal.

A intenção, segundo Azambuja, é analisar se a obra corresponde aos custos, que a princípio foram estimados em R$ 84.749.754,23, mas já chegam a R$ 203 milhões, incluindo os R$ 14,9 milhões injetados pela Petrobras e as suplementações carimbadas pela Assembleia. O novo governador ressalta que o fato de ter dinheiro reservado não significa que o governo terá de concluir, de imediato, o projeto.

Obra milionária

Previsto para custar R$ 84.749.754,23, o aquário contabiliza inúmeras suplementações que já fazem o preço passar da casa dos R$ 200 milhões, embora Puccinelli viva sustentando que não passa de R$ 155 milhões. Em outubro ele disse ao Midiamax que os R$ 14,9 milhões que a Petrobras está gastando no Aquário do Pantanal, em Campo Grande, não entram na soma de R$ 154 milhões em verbas públicas já consumidas pelo projeto. Com isso, a obra já chegaria a R$ 169 milhões, que somados aos R$ 34 milhões carimbados pela Assembleia, já chega a R$ 203 milhões.

No mesmo dia ele comentou que a obra não foi concluída no prazo porque “as empreiteiras não deram conta de terminar”. Depois, corrigiu-se: “não é que não deram conta, é que quebrou o aquário” – um acidente danificou algumas das placas de acrílico de parte dos tanques.

Chamado de “elefante branco” e até de “abacaxi deitado” por deputados e por parte da população, a obra de Puccinelli nem foi nem concluída, mas já tem mais motivos para envergonhar do que para exaltar o idealizador. O aquário é alvo de inquérito do Ministério Público Estadual, por denúncia de superfaturamento e críticas sobre a real necessidade da obra, quando o Estado carece de serviços básicos, como saúde e segurança. Recentemente, uma das empresas contratadas relatou outros problemas na obra, anunciando calote e até sumiço de material.