Parlamentares do Estado não se sentiram alvo dos manifestos e cobraram ações apenas da União

O foco das discussões na Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira (17) foram os protestos do domingo (15). À exemplo da bancada federal, os deputados estaduais também não ‘se sentiram cobrados’ pela população, e deixaram toda a responsabilidade sobre o Governo Federal.

“São legitimas as manifestações e eu vejo que a população chegou no fundo poço. A presidente (Dilma Rousseff, PT) prometeu muita coisa que não conseguiu cumprir”, afirmou o líder do governo na Casa, deputado Prof. Rinaldo Modesto (PSDB), que destacou ser contrário ao impeachment da petista.

 Outro contrário à saída da presidente Dilma é o líder da bancada petista, deputado Pedro Kemp. Para ele, a maior parte dos manifestantes eram ‘eleitores de Aécio Neves (PSDB) que não se conformam com o resultado (das eleições 2014)’.

Outro fator gerador dos protestos, segundo ele, são as medidas econômicas adotadas pelo Governo Federal. “Ninguém gosta de pagar mais impostos, isso também gerou insatisfação, até de quem votou na Dilma”, frisou. Kemp disse ainda que para o impeachment seria necessário comprovação de envolvimento da presidente em alguma esquema de corrupção. “Até agora ela não foi acusada, tampouco julgada”.

O pedetista Felipe Orro usou a tribuna para defender a privatização da estatal. “Há 20 anos que a Petrobras não é do povo brasileiro. Não sou a favor das privatizações, mas a Petrobras não tem mais condições morais de ser do Brasil. Foi uma mola propulsora para economia, mas agora está sangrando o povo”, alegou Orro.

Cabo Almi (PT) acredita ser correto manifestações pelo fim da corrupção e por uma reforma política, ‘mas não para tirar a presidente’. Já Lídio Lopes (PEN), cobra ‘medidas urgentes’ do Governo Federal. “Essa imoralidade que se perpetuou é uma vergonha”, destacou.

Já Beto Pereira (PDT) revelou que foi ao protesto do dia 15 de março, protestar contra promessas de campanha não cumpridas pela presidente da República.

“Se a presidente está sendo cobrada é porque o PT disse que o governo era melhor, e não está sendo. Precisamos de reforma política, mas acima de tudo reforma moral”, finalizou o deputado Barbosinha (PSB).