Presos da Lama Asfáltica prestam depoimento

O advogado do ex-secretário de Obras e ex-deputado federal, (PR), Valeriano Fontoura, chegou há pouco ao MPE (Ministério Público Estadual) para acompanhar o cliente em depoimento à força-tarefa da Operação Lama Asfáltica. Ele colou em xeque as provas apresentadas nos autos que supostamente incriminam o ex-parlamentar e criticou o atual secretário Estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, responsável pela denúncia de fraude que ocasionou a prisão de 10 pessoas na semana passada.

“A secretaria alega que houve vistoria em 100 km de rodovias com duas laudas, apresentando supostas irregularidades, fato que não é possível demonstrar. O que você tem por outro lado é uma medição feita em cima de uma caminhonete e relatada pelo próprio fiscal de obras. Então que irregularidades são essas que ele não parou e desceu do carro para fazer a medição?”, questionou.

No último dia 10 nove pessoas, entre elas Giroto, foram presas temporariamente devido a investigação que apura prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos devido a obra pagas e não executada em rodovias estaduais. Na sexta-feira o juiz Carlos Alberto Garcete decretou mais cinco dias de prisão.

Desta vez desta vez envolvendo investigação relativa à licitação que ensejou o contrato pelo qual a Proteco tinha a obrigação de recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-171. No sábado (14), porém, todos foram libertados por força de habeas corpus.

Além do ex-secretário de Obras na gestão de André Puccinelli (PMDB), foram encarcerados o empresário João Amorim, proprietário da Proteco Engenharia, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. A secretária de Amorim, Elza Araújo, ficou em domiciliar por estar em gravidez de risco. A advogada de Cabral, Luciana Abou Ghattos, também chegou para acompanhar o cliente.