Vereadora disse ao Gaeco que colegas recebiam propina

A possibilidade de afastamento da vereadora Luíza Ribeiro (PPS) foi descartada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal. Ela foi alvo de representação, encabeçada pelo vereador Carlos Borges (PSB), depois que prestou depoimento espontaneamente ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no qual afirmou haver mensalinho na Casa de Leis desde à época do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) até a gestão do vice-prefeito afastado das funções públicas Gilmar Olarte (PP), mas não tinha provas.Após polêmica do 'mensalinho', Comissão livra Luíza de afastamento

A declaração foi gravada e o vídeo de mais ou menos meia hora foi divulgado na internet acarretando a ira dos legisladores. Ofendido, Carlão conseguiu assinatura e protocolou representação contra a colega de parlamento com o intuito de punição, fato não descartado.

 A vereadora só não será afastada. O processo seguirá todos os trâmites necessários, como ampla defesa e contraditório, assim como está sendo assegurado aos demais parlamentares que também estão sendo analisados pela Comissão de Ética.

“O processo vai ser longo. Vamos garantir todos os direitos de defesa e com certeza a decisão final ficará só para o ano que vem. Vale destacar que nenhum vereador pediu o afastamento da vereadora Luíza, e por isso já descartamos essa possibilidade”, disse o presidente dos trabalhos, João Rocha (PSDB).

“Sempre respeitamos seu comportamento como parlamentar dentro e fora do Plenário, porque prezamos pela liberdade de expressão. A cassação é a última instância de penalidade a ser aplicada, mas isso nunca aconteceu na Câmara Municipal”, finalizou.