Nelsinho, Puccinelli e Olarte trocariam presentes: Veja quem tirou quem

O ano de 2015, definitivamente, foi um dos piores da história política de Mato Grosso do Sul. As várias operações, que levaram a prisões de lideranças políticas, deixaram todo mundo em alerta e continuam assombrando nesta passagem de 2015 para 2016. A tendência é de que o clima continue pesado no próximo ano, com o desenrolar das operações. Por isso, para descontrair um pouco, ou não, o Midiamax resolveu fazer um amigo secreto entre lideranças políticas que se destacaram em 2015, seja de forma positiva ou negativa.

Devido ao período do ano, onde muitos já estão viajando, a reportagem não vai conversar com um por um para saber qual presente daria para seu amigo secreto, mas os amigos mais polêmicos, com relação conturbada, serão convidadas a falar qual presente daria para seu amigo (A postagem acontece a partir desta tarde).

 

Confira o video AQUI

O senador Waldemir Moka (PMDB) foi o primeiro sorteado. Ele teve como amigo secreto o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), líder do bloco de independentes na Assembleia Legislativa. Paulo Corrêa, por sua vez, tirou o vereador Paulo Siufi (PMDB).

A brincadeira passou a ser em família quando Siufi tirou o primo dele: ex-prefeito de , Nelsinho Trad (PTB).  Neste momento o amigo secreto ficou entre prefeitos. Nelsinho teria a missão de comprar um presente para o vice-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP).

A brincadeira, coincidentemente, continuou entre ex-prefeitos de Campo Grande. Gilmar Olarte precisaria comprar um presente para o também ex-prefeito da Capital, André Puccinelli (PMDB). Curiosamente, Puccinelli foi só elogios a Olarte quando Alcides Bernal (PP) foi cassado. Depois, mudou de ideia. O ex-governador chegou a ser convidado por Olarte para testemunhar em processo onde ele responde por corrupção passiva, mas o advogado acabou dispensando-o sem que prestasse depoimento.

O ex-governador André Puccinelli não teria tanta dificuldade para comprar presente. Ele tirou o amigo pessoal dele, líder do PMDB na Assembleia, Eduardo Rocha, que por sua vez sorteou o vice-presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB), encarregado de comprar um presente para o deputado federal Zeca do PT.

O petista teria a missão de comprar um presente para um tucano: deputado estadual Ângelo Guerreiro, amigo secreto de Luiz Henrique Mandetta (DEM). O deputado federal tirou o vereador Wanderlei Cabeludo (PMDB), que sorteou como amigo o deputado Dagoberto Nogueira (PDT).

Neste momento a brincadeira chegou a Brasília, com Dagoberto tirando alguém que está em lado oposto a ele na briga entre quem é pró e contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT): deputado Carlos Marun (PMDB). O peemedebista tem como amigo a deputada estadual Grazielle Machado (PR), que ganhou a missão de comprar um presente para o ex-colega de bancada na Câmara, vereador Jamal (PR).

De médico para médico, Jamal teria que comprar um presente para o deputado federal (PMDB), amigo de Rinaldo Modesto (PSDB). A brincadeira passou a ficar caseira neste ponto, com Rinaldo tendo como amigo o colega dele de bancada, Onevan de Matos (PSDB). A dupla não parece ter problema neste momento, mas já teve seu embate. A briga aconteceu quando Rinaldo chegou a Assembleia para ocupar vaga de suplente, no lugar de Carlos Marun (PMDB). Onevan não queria abrir mão de R$ 5 mil da função de líder e brigou com Rinaldo, que por sua vez teria dito que gostaria da liderança, visto que ficou alguns meses sem salário, no tempo que amargou a suplência.

Onevan de Matos teria a incumbência de presentear o deputado federal Elizeu Dionizio (SDD), amigo secreto do deputado Marquinhos Trad (PMDB).  O peemedebista teria como amigo alguém que tem relação próxima há alguns anos na Assembleia: deputado Pedro Kemp (PT). Teoricamente, deveriam ser rivais, visto que kemp sempre foi oposição a André Puccinelli, do mesmo partido de Marquinhos. Mas, como Marquinhos por diversas vezes atuou como independente, os dois estiveram do mesmo lado em várias ocasiões.

Um presente para Delcídio

O deputado Pedro Kemp teria uma missão bastante difícil: a de alegrar o colega de partido, senador Delcídio do Amaral (PT), detido desde o dia 25 de novembro. Certamente, Delcídio não poderia sair  para comprar o presente e teria que pedir para algum assessor escolher algo para o primeiro-secretário da Assembleia, Zé Teixeira (DEM).

De secretário para secretário, Zé Teixeira sorteou o primeiro-secretário da Câmara, Carlão (PSB), que tem como amigo na nossa brincadeira o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano teria como amiga uma possível adversária na disputa pela reeleição em 2018: a senadora Simone Tebet (PMDB).

A senadora pegou como amigo o vereador Edil Albuquerque, responsável por comprar um presente para o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB), amigo do vereador Alex do PT. Neste momento a brincadeira dá espaço para um ligeiro constrangimento. O vereador Alex do PT tirou o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Alex já foi líder de Bernal na Câmara, mas hoje não tem uma boa relação. O petista atua como independente, mas por vezes mais parece oposição a Bernal.

O clima entre eles azedou quando Bernal retomou o cargo e travou uma briga com o PT por conta de espaço. O PT alega que Bernal queria oferecer secretarias irrelevantes. Já Bernal acusou petistas de pedirem as principais pastas da administração.

O prefeito Alcides Bernal tirou como amigo a ex-colega dele de Assembleia, Mara Caseiro (PMB), que por sua vez tem como amigo o presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), amigo de Carla Stephanini, incumbida de comprar algo para Beto Pereira (PDT).

O vice-líder de Azambuja tirou a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), amiga secreta de Chiquinho Telles (PSDB). A brincadeira voltou a ficar caseira, mais precisamente nas Moreninhas, com  Chiquinho sorteando o vereador Chocolate (PTB), amigo secreto do presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB).

O presidente da Assembleia sorteou a colega de partido, Antonieta Amorin (PMDB). A brincadeira voltou a ficar tensa neste momento. A peemedebista tirou a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que nos últimos meses tem feito duras críticas ao empreiteiro João Amorin, irmão de Antonieta.

O constrangimento não acaba por aí. Passado o momento de receber presente, Luiza passaria por outro momento complicado. Desta vez para dar um presente ao colega dela na vereança, Mario Cesar (PMDB), com quem também teve seus embates. O ex-presidente da Câmara sorteou como amigo o deputado federal Vander Loubet (PT), que encerra brincadeira ao presentear o senador Waldemir Moka (PMDB).