Adventista, vereador espera pôr do sol para comentar denúncias de colega
Presidente da Câmara não falou sobre declarações de Luiza Ribeiro até o momento
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Dos parlamentares citados pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS) em depoimento ao MPE (Ministério Público Estadual), a maioria que se manifestou até momento reprovou a postura da colega de fazer declarações comprometedores sem provas. O presidente em exercício da casa, Flávio César (PTdoB), no entanto, ainda não se pronunciou porque, por ser adventista, só poderá fazê-lo após o pôr do sol deste sábado (17).
No depoimento, Luiza disparou contra colegas, dizendo que alguns se uniram ao empresário João Amorim, dono da Proteco Construções, em suposto esquema de desvio de dinheiro público. Mencionou que alguns recebiam “mensalinho”, embora tenha admitido não ter provas.
Nesta sexta-feira (16), a vereadora Carla Stephanini (PMDB) afirmou, em entrevista o Jornal Midiamax, que a Câmara precisa tomar providência e cobrou posicionamento da mesa diretora da casa. A equipe de reportagem entrou em contato com presidente da Câmara em exercício, também citado, indiretamente, por Luiza – a vereadora disse que o PTdoB, partido ligado ao ex-governador André Puccinelli, estaria assim como PMDB envolvido no esquema que resultou na cassação de Alcides Bernal (PP) em 2014.
Flávio, porém, não pôde comentar o assunto. Segundo esposa do parlamentar, por ele ser adventista, até pôr do sol deste sábado ele não pode atender telefone ou falar a respeito de trabalho. Mesmo indagada sobre o assunto em questão e decorrente necessidade de pronunciamento do presidente da Câmara, a esposa do vereador afirmou que ele só poderá atender a imprensa mais tarde.
Outros colegas
O vereador Paulo Siufi (PMDB) também citado por Luiza, não pôde atender, pois, segundo esposa, está trabalhando fazendo um parto. Siufi é pediatra. Já Edson Shimabukuro (PTB) reiterou que seu voto para cassar Bernal foi técnico e disse que declarações de Luiza são “coisas da cabeça dela”.
João Rocha, considerado por Luiza “organizador da queda de Bernal”, declarou que é preciso falar menos e agir mais. “Ele sempre teve papel central na articulação da queda do Alcides Bernal, foi organizador”, disse Luiza em depoimento. “Eu não vi ainda o vídeo, mas minha conduta responde por mim. Cada um responde pelo que fala, mais do que falar tem que agir. Se fala demais em Campo Grande. É preciso falar menos e agir mais”, diz Rocha.
Para Otávio Trad, do PTdoB, o depoimento é denuncismo. “Não pretendo tomar medida nenhuma, pois essa fala não tem credibilidade. No começo do depoimento ela diz que não tem prova, então vejo isso como uma consequência da política atual que estamos vivendo. Política atual é de denúncia. Hoje, você não fala o que fez de bom, você acusa adversário político”.
Otávio é sobrinho de Nelsinho Trad, ex-prefeito da Capital, que, segundo depoimento de Luiza, teria dividido comando do suposto esquema com João Amorim enquanto era prefeito. “Na época do André era ele quem mandava, na época do Nelson era um pouco Nelson um pouco João”, afirmou vereadora.
Além de Siufi e Flávio César, dos parlamentares elencados por Luiza, até fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu contato com: Vanderlei Cabeludo (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB), Mario Cesar (PMDB), afastado por ordem judicial, e Herculano Borges (SD).
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