Adjunta é levada para outra delegacia e só Giroto é mantido no Garras

Deputado está em cela separada e ‘limpa’

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Deputado está em cela separada e ‘limpa’

 

O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) continua detido no Garras. Ele foi levado ontem à delegacia junto com a adjunta dele no período em que foi secretário de Obras de André Puccinelli, Maria Vilma Casanova. Giroto permaneceu no Garras, mas a adjunta foi transferida do local.

O delegado Fábio Peró explicou que apenas cumpriu ordem de receber Giroto lá. Ele não sabe dizer qual a lógica para distribuição dos nove detidos: Edson Giroto (PR), de João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, , Elza Cristina Araújo dos Santos,  Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.

Giroto está sozinho em uma cela, onde pode levar roupa e colchão. Ele não é obrigado a comer a refeição servida na delegacia e tem o privilégio de receber refeição entregue pela família ou pelo advogado.

A cela, quase que uma exceção em Campo Grande, é considerada limpa. Isso acontece porque a cela fica ao lado dos plantonistas da delegacia. Para minimizar o cheiro, a cela é limpa diariamente, com uso de máquina.

No primeiro dia que ficou na prisão o deputado recusou a alimentação servida, alegando que estava sem fome. Ele ficou apenas 24 horas na prisão e saiu pela madrugada. A expectativa é de que o deputado seja ouvido hoje pelo Ministério Público Estadual.

 O Caso

O juiz Carlos Alberto Garcete decretou a prisão temporária, por cinco dias, de nove investigados na Operação Lama Asfáltica, que investiga a gestão do ex-governador André Puccienelli (PMDB).  Todos eram protagonistas e ligados à secretaria de Obras do Estado.

A lista é composta pelo ex-deputado federal Edson Giroto (PR), de João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, , Elza Cristina Araújo dos Santos,  Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.

Segundo assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a investigação refere-se à licitação de contrato da Proteco que tinha a obrigação de “recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 km – Local: Rodovia MS-228, entre Km 35,0 e Km 77,0, no município de Corumbá.

O juiz entendeu que o material apresentado pelo Ministério Público justificava o pedido de prisão: “Há farta documentação a indicar, prima facie, que, possivelmente, consolidou-se uma organização criminosa com objetivo de auferir vantagens ilícitas em contratos administrativos de obras e serviços com o Estado de Mato Grosso do Sul, consistente em falsificações de medições e outras ações escusas que objetiva receber por serviços não realizados ou realizados de forma insuficiente”, ponderou.

Garcete declarou ainda que a prisão temporária dos representados seria fundamental para a conclusão das investigações. “A prisão temporária dos investigados é imprescindível, diante do possível direcionamento e manipulação da prova oral dos investigados, aliado à criação de óbices para a coleta de novos dados (art. 1º, I, da Lei n. 7.960/89), de modo que a medida permitirá que os representados sejam ouvidos, separadamente, acerca dos fatos, sem que tenham como combinar eventual versão e assim conseguirem mascarar a realidade dos fatos, consoante o art. 191 do CPP, além de garantir a segurança física e psicológica das testemunhas que já colaboraram, e colaborarão nas investigações”.

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