“Equipe de governo que só tem parente ou grupo fraternal não é política”, diz Esacheu. Ele se refere aos familiares de Nelsinho: Fábio, Mandetta, Marquinhos, Siufi, Otávio, Mazina e Antonieta.

O vice-presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, rechaça o discurso feito pelo ex-prefeito de , (PMDB), e o primo, vereador (PMDB), na luta para conseguir disputar o Governo do Estado em 2014. Brigando para ser o escolhido, Nelsinho sustenta que tem uma equipe que trabalha para chegar ao Governo do Estado, mas não convence quem é contra a criação de grupos.

“Equipe de governo que só tem parente ou grupo fraternal não é política. Tem que ter espaço para as pessoas que comungam de um mesmo ideal, sejam representantes da sociedade e atendam aspirações coletivas”, criticou Esacheu.

O vice-presidente do PMDB entende que a vice-governadora Simone Tebet seria a mais indicada para abrir este espaço para os diversos setores, sem visar interesses de amigos ou grupos. “A Simone tem esta condição de levar o nome do partido em frente”, analisou.

A justificativa de que tem uma equipe por trás da candidatura é dada por Nelsinho para dizer que não desistirá da candidatura ao Governo do Estado. Recentemente, o primo do ex-prefeito, vereador Paulo Siufi, criticou a indefinição do partido na escolha do candidato. Siufi observou que é preciso ter cuidado neste processo, que na avaliação dele envolve sonhos do candidato, parentes, amigos e eleitores.

No comando da prefeitura de Campo Grande, Nelsinho Trad entregou a Secretaria de Saúde para dois parentes. O primeiro a assumir o posto foi o primo do ex-prefeito, agora deputado, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Com a saída do primo, Nelsinho garantiu lugar ao cunhado, . A gestão de Nelsinho também abriu espaço para a então primeira-dama, Antonieta Trad, que ocupou a Secretaria de Assistência Social.

Rivalidade

Esacheu e Nelsinho não têm uma boa relação. A briga da dupla já envolveu questões familiares, incluindo Fábio Trad e Marquinhos Trad na discussão, mas tem como ponto principal a preferência declarada de Esacheu por Simone para disputa do Governo do Estado.

A defesa de Esacheu a candidatura da vice-governadora já causou vários desentendimentos e fez lideranças afastá-lo do comando. Porém, não evitou o racha, evidenciado pela divisão quando o assunto é a escolha entre Simone e Nelsinho. Embora lideranças digam que a discussão é tranquila, entre os filiados o clima é de disputa acirrada.

O presidente do PMDB, Junior Mochi, diz que Nelsinho leva vantagem. Já Esacheu afirma que a maioria dos filiados vota em Simone. Com isso, o partido continua sem candidato declarado e dependendo da vontade de Simone e do governador André Puccinelli (PMDB). Simone afirma que prefere o Senado ao Governo, o que pode facilitar a vida de Nelsinho. Neste caso, o partido só terá problema se Puccinelli decidir concorrer ao Senado, o que faria um dos interessados ficar sem mandato em 2014.