Vereadores se negam a receber documentos originais e devolvem papéis para a prefeitura

A decisão aconteceu após uma reunião entre o procurador e os membros da CPI do Calote, que não quiseram assinar um documento se responsabilizando pela papelada oficial

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A decisão aconteceu após uma reunião entre o procurador e os membros da CPI do Calote, que não quiseram assinar um documento se responsabilizando pela papelada oficial

Em mais um episódio tumultuado envolvendo a documentação da CPI do Calote, os parlamentares que integram a Comissão se recusaram a receber a documentação original da prefeitura e solicitaram ao Procurador-Geral do Município, Luiz Carlos Santini, que disponibilize uma funcionária da Procuradoria para fornecer a cópia digitalizada quando necessário.

A decisão aconteceu após uma reunião entre o procurador e os membros da CPI, o vereador Paulo Siufi (PMDB), Elizeu Dionizio (PSL), Alex do PT, Otávio Trad (PT do B) e Chiquinho Telles (PSD) no início da noite desta quinta-feira (11).

“Não podemos receber uma documentação original e assinar um termo de responsabilidade. Não temos lugar para guardá-los e eles não deveriam nem ter saído da prefeitura, porque ficou acertado que ele entregaria os documentos digitalizados”, informou o presidente da CPI, Paulo Siufi.

Durante todo o dia, os membros aguardaram que o restante da documentação fosse entregue. Um CD com as informações também gerou transtornos por não conseguir ser visualizado nas máquinas da Câmara, mas o problema foi solucionado à tarde.

Santini explicou aos vereadores que não conseguiria enviar toda a documentação digitalizada sem contratar uma empresa para fazer o serviço, pois o volume de papéis é alto e apenas os funcionários da Procuradoria não dariam conta de encaminhá-los a tempo aos parlamentares.

Com isso, ficou acertado que uma funcionária vai verificar a documentação e enviar cópias digitalizadas toda vez que solicitado pela Câmara.

Bate-boca

A sessão da CPI do Calote de hoje foi marcada pela troca de farpas entre o líder do prefeito na Câmara, Alex do PT e Elizeu Dionizio (PSL), relator da CPI.

Por diversas vezes o vereador petista interrompeu as oitivas para defender o direito do prefeito Alcides Bernal de analisar os contratos para depois pagá-los. A atitude do parlamentar irritou os membros da CPI que pediram para que ele se portasse como quem está analisando as contas da prefeitura.

Siufi chegou a argumentar que não era criança e que estava se sentindo desrespeitado pela postura de Alex. A sessão foi encerrada após a discussão e a empresa Solurb deve ser ouvida na próxima oitiva, junto com as empresas Vyga e MDR alimentos, que fornecia merenda na antiga gestão.

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Agência Brasil
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