Os vereadores da Câmara de Campo Grande se reuniram na manhã desta segunda-feira (18) para tentar fechar um acordo sobre as indicações para as comissões permanentes. Porém, o encontro terminou com indefinição.

Prevendo confronto, principalmente, pelas comissões mais importantes: Comissão de Constituição Justiça e Redação, Orçamento, Obras e Saúde, os vereadores trataram de adiar a decisão, dando prazo de cinco dias úteis, a partir desta terça-feira (19), para as indicações.

Na tarde desta segunda os líderes de partido vão se reunir com a presidência da Câmara para indicar os interessados de cada partido. Cada vereador deve participar de pelo menos duas comissões, formadas por cinco membros. O presidente da Câmara, Mário César (PMDB) e o primeiro secretário, Delei Pinheiro (), não podem participar das comissões.

Mário César tentará o acordo entre os vereadores para evitar uma disputa já na primeira sessão. Caso não encontrem consenso, as comissões serão disputadas no voto. Para evitar o racha, vereadores pensam em outras soluções. Uma das saídas é dividir os partidos em bloco e cada grupo indicar um integrante.

O presidente da Câmara também pensa em imitar a Assembleia Legislativa e dividir de acordo com a representatividade na Casa. Neste caso, o PMDB, com cinco vereadores, PSD, PT e PTdoB, com três, levariam vantagem sobre os demais. Porém, esta não deve ser a solução, visto que não está no regimento.

A disputa pelas comissões já rendeu muita briga entre vereadores. Uma das mais famosas é a disputa entre Lídio Lopes e Alcides Bernal (PP). Colegas de partido, os dois não se entenderam e disputaram no voto a comissão de Transporte. A disputa serviu para rachar o partido e iniciar uma antipatia recíproca que perdura até hoje.