O secretário Municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, foi denunciado por usar celular funcional da Maternidade Cândido Mariano para fins pessoais. Ivandro foi diretor da instituição até dezembro de 2012, quando saiu para assumir a pasta, e continua usando o aparelho até hoje.
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (27).
“Sinto o secretário despreparado e sem conhecimento de causa para cuidar da saúde campo-grandense”, acusou Marquinhos, que era “abastecido” de informações pelo secretário de saúde da gestão Nelsinho Trad (PMDB), Leandro Mazina. O deputado afirma que Ivandro forneceu dados errados à CPI.
Ivandro reconheceu o problema, informou que pediu verbalmente o cancelamento da linha, e garantiu que vai ressarcir o valor gasto pode ele com ligações particulares.
Não satisfeito com a posição do secretário, Marquinhos afirmou que vai solicitar as informações da linha, para saber se as ligações eram pagas com verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) ou da própria maternidade.
O deputado ainda afirmou que vai pedir os holerites do secretário para a CPI. Ivandro se defendeu afirmando que trabalhava exclusivamente para a maternidade, mas foi desmentido por Marquinhos. “Você ganhava mais de R$ 8 mil como professor universitário também”, disparou.
Ivandro trabalhou por sete anos na Maternidade Cândido Mariano, quando recebeu R$ 200 mil em salários. Ele disponibilizou para a CPI os sigilos bancários, do Imposto de Renda e telefônico.
Sobre a conta de celular, o secretário disse que não pretendia mais usar a linha em fevereiro deste ano, mas houve um problema técnico que impediu a adoção da medida.