A maioria dos deputados estaduais de MS procurados pela imprensa na sessão desta terça-feira (5) se esquivou e preferiu não tecer qualquer comentário sobre a nomeação de Pedro Chaves (PSC) ao comando da secretaria de governo de Campo Grande. Apesar de poucos terem tido coragem de avaliar se Chaves será capaz de salvar o mandato do prefeito (PP), a nomeação foi o assunto do dia nos bastidores e entre os parlamentares de diferentes partidos.

Os deputados Paulo Correa (PR), Eduardo Rocha (PMDB), Antônio Carlos Arroyo (PR), Lídio Lopes (PEN), Londres Machado (PR) e Jerson Domingos (PMDB) preferiram se abster do assunto. Rocha sorriu e passou direto, Correa apenas pronunciou ‘Delcídio meu governador e Chaves meu senador', Arroyo e Lídio deram uma negativa gestual, Londres ‘emudeceu' e Jerson não se rendeu as pelos da imprensa que solicitava sua presença para comentar a nomeação, já que Chaves é seu cunhado.

Mesmo assim, a nomeação foi o assunto do dia na Assembleia. Muitas parlamentares avaliavam como negativa para a pessoa de Pedro Chaves a ida dele para a prefeitura. Contudo, haviam alguns que esboçavam que Chaves vai permitir a Bernal respirar mais aliviado, como é o caso do deputado Cabo Almi (PT).

Para Almi, Bernal agora tem dois senadores para ajudá-lo – se referindo a Delcídio e Chaves. “Tenho certeza que Pedro Chaves vai construir uma articulação política e num primeiro momento vai permitir Bernal a respirar mais aliviado. Mesmo porque o PSC é alinhado com o PT nacionalmente. Vai ser a grande oportunidade de Bernal construir sua base de apoio”, destacou.

Osvane Ramos (PROS) também avaliou que Chaves vai trazer prestígio e articulação ao prefeito. “Na verdade o que se busca é um interlocutor que una as forças do mandato. Bernal está em pleno processo de cassação. Pedro tem moral, é um grande empresário, transita bem com as forças políticas. Agora para arrumar a prefeitura agora só vai faltar um belo quadro administrativo para tocar Campo Grande”, analisou.

A nomeação de Pedro Chaves foi anunciada por ele mesmo na segunda-feira (4) antes da reunião no gabinete de Bernal. A publicação foi feita no Diogrande desta terça-feira.