Em ônibus, os líderes sindicais e moradores de bairros de Campo Grande prometeram rumar para a Prefeitura de Campo Grande para cobrar compostura e comprometimento do prefeito .

A Frente Popular em Defesa da Democracia, formada pelos sindicalistas do MST (Movimento Sem Terra), MNLM (Movimento Nacional de Luta por Moradia), FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação em Mato Grosso do Sul) e CUT, chegaram na prefeitura para uma conversa a portas fechadas com o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal.

Ao contrário do que fizeram na Casa de Leis, as lideranças, que garantem cobrar da mesma maneira Executivo e Legislativo, não levaram os manifestantes para o prédio da prefeitura. Eles foram em seus carros particulares e se reunem de maneira ordeira com o prefeito.

Por volta das 16h, eles se reuniram com o presidente da Câmara, Mário Cesar (PMDB), que questionou a postura dos manifestantes pela manhã durante a sessão plenária. Abílio Borges, Coordenador do MNLM, que apareceu apoiando o prefeito Alcídes Bernal durante a campanha política, disse que o prefeito os receberia nesta tarde.

A Câmara prometeu não colocar na pauta de votação até a próxima terça-feira a decisão sobre abrir ou não uma comissão processante para investigar Bernal, que pode ser cassado e perder o mandato.

Roberto Botareli, presidente da FETEMS, nega que a locação de ônibus para levar manifestantes para a Câmara seja uma manobra política. “Vamos cobrar também do prefeito Bernal uma trégua, uma postura mais amigável e trabalho por Campo Grande”, disse.

 Moradores de diversos bairros pedem principalmente por casas próprias e culpam todos os políticos, incluindo o prefeito, pela falta delas, mas não foram a prefeitura fazer nenhuma manifestação.

A assessoria de comunicação da prefeitura disse que apesar do prefeito ter outras agendas, um ajuste foi feito e Bernal se reune a portas fechadas desde às 16h40 desta terça-feira.