“Julgamento acaba com angústia de todos nós que fomos cassados injustamente”, diz vereador

O vereador Alceu Bueno (PSL) declarou que entrega a Deus o julgamento do recurso eleitoral contra a cassação de seu mandato. Bueno e outros três vereadores serão julgados nesta segunda-feira (9). O vereador foi cassado por compra de voto e abuso de poder econômico, teve decretada de imediato sua inelegibilidade por oito anos e uma […]

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O vereador Alceu Bueno (PSL) declarou que entrega a Deus o julgamento do recurso eleitoral contra a cassação de seu mandato. Bueno e outros três vereadores serão julgados nesta segunda-feira (9). O vereador foi cassado por compra de voto e abuso de poder econômico, teve decretada de imediato sua inelegibilidade por oito anos e uma multa de R$ 53 mil. Uma possível condenação inviabiliza que ele assuma a vaga na Assembleia Legislativa em 2014.

Para Bueno, o julgamento ainda este ano acaba com a angústia do todos os vereadores, que teriam sido condenados injustamente. “Entregamos a Deus e estamos preparados para qualquer resultado. Pelo menos acaba com essa angustia de todos, que ficamos sem saber as projeções daqui pra frente. Estou confiante que todos os vereadores, de que nós, vamos ser julgados inocentes”, afirmou.

O vereador do PSL move ação na Justiça contra o deputado estadual George Takimoto que se desligou do PSL e se filiou ao PDT. Caso seja condenado pelo Tribunal regional Eleitoral, sua ida para a Assembleia poderá ser inviabilizada.

“Estamos com processo contra Takimoto e temos como certo que o mandato é do partido. Em 2014 devo assumir como deputado, uma vez que sou o primeiro suplente para a vaga. Ele alegou isolamento, mas isso não é verdade; já rebatemos na Justiça. Agora é esperar e pedir a Deus”, declarou.

A representação contra Alceu Bueno foi formulada pelo Ministério Público Eleitoral. Uma denúncia informou ao promotor que estavam sendo distribuídos “vale combustível” pelo então candidato em troca de voto para abastecimento em diversos postos de combustível.

As denúncias apontavam ainda que Bueno estaria comprando votos pelo valor de R$ 100. Foi expedido mandado de busca e apreensão, com apreensão no comitê de R$ 385 em espécie e diversos documentos, os quais revelaram que o candidato contratou os serviços da Rede Faleiros Postos e Serviços para fornecer 2.000 litros de gasolina comum, sempre em pequenas quantidades, a serem fornecidos por meio de requisições.

Também foram apreendidos dois blocos de requisições do Posto Marcello e apreendida uma lista contendo o nome de 24 pessoas beneficiadas com dez ou vinte litros de combustível após colocarem adesivo de Bueno em seus veículos, constando inclusive a data em que a adesão ocorreu.

O Ministério Público por ocasião das alegações finais em que perdeu o prazo requereu que o processo fosse desmembrado em relação a Bueno. Entre as diligências solicitadas, estava a oitiva de dois coordenadores da campanha eleitoral do vereador e mais a oitiva de dois eleitores cooptados.

Sem sucesso, Bueno moveu vários recursos para tentar impedir a oitiva em juízo das testemunhas que foram ao Gabinete do Promotor. Entretanto, acabou cassado e assim como Thais Helena (PT), Delei Pinheiro (PSD) e Paulo Pedra (PDT) ainda não perderam direitos políticos por conta de uma liminar. O recurso está marcado para julgamento a partir das 17h no TRE-MS.

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