Entre afagos e alfinetadas, Puccinelli e Delcídio dividem palanque em Campo Grande

Os afagos e alfinetadas começaram na chegada da dupla, quando a reportagem lhes colocou frente a frente para dizer quem tinha atrasado a entrega das máquinas.

O senador Delcídio do Amaral (PT) e o governador André Puccinelli (PMDB) subiram em um mesmo palanque nesta sexta-feira (10) em Campo Grande, quando ao lado do senador Waldemir Moka (PMDB), entregaram motoniveladoras a 45 municípios do Estado.

“Pra mim não fica difícil. Tem que perguntar pra ele se tem dificuldade em estar no mesmo palanque que eu”, comentou. Delcídio não retribuiu a alfinetada, apesar de questionar se era ele que não tinha recuperação, e preferiu dizer que hoje a dupla estava no mesmo palanque.

A disputa entre Delcídio e Puccinelli continuou no palanque, quando o governador fazia questão de puxar para o lado dele os prefeitos aliados, evitando o contato com o senador. Delcídio, por sua vez, tratou de dar o recado de uma maneira mais contida. Ele fez questão de dizer que a entrega das máquinas tinha R$ 14,5 milhões de recursos do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Para dizer que estava fazendo muito mais que Puccinelli, o senador ainda revelou que no dia 17 de maio entregará 21 motoniveladoras em Eldorado e outras 15 em Costa Rica, no dia 3 de junho. Puccinelli não se conteve e em plena campanha pediu para Delcídio incluí-lo na entrega. “Me convidem para adentrar e mostrar as outras 34. Quero estar na festa também ou senão vocês são muito filhos da mãe e egoístas”, ameaçou.

No discurso, Puccinelli voltou a falar da relação com Delcídio e chegou a ser grosseiro na hora de comentar a parceria. “Eles perguntam: Você está no colo do Delcídio? Ou: O Delcídio está no seu colo? Ninguém está no colo de ninguém. Somos cristãos e respeitamos os homo, mas somos heteros. Estamos unidos em torno de Mato Grosso do Sul”, explicou.

Puccinelli voltou a elogiar a presidente Dilma Rousseff (PMDB) dizendo que ela lhe conquistou e fez referência a possível aliança com o PT em Mato Grosso do Sul. “Ainda não tem esta parte de palanque único. Esta é outra história”, concluiu.