CPI do Calote cria nova queda de braço entre aliados de Bernal e de Nelsinho na Câmara

A oposição e a base de sustentação do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara iniciaram, na sessão desta quinta-feira (23), um novo embate envolvendo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O vereador Paulo Siufi (PMDB) começou a coletar assinaturas para uma CPI com o objetivo de investigar porque o prefeito não está […]

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A oposição e a base de sustentação do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara iniciaram, na sessão desta quinta-feira (23), um novo embate envolvendo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O vereador Paulo Siufi (PMDB) começou a coletar assinaturas para uma CPI com o objetivo de investigar porque o prefeito não está pagando fornecedores. Os aliados de Bernal aceitaram, mas novamente acusaram a oposição de pedir uma CPI restrita.

Os aliados ao prefeito Alcides Bernal dizem que não são contra a CPI, mas defendem uma investigação ampla, que inclua o processo de contratação da RDM e da Solurb. “Estou ansioso. Há muito tempo fiz requerimento sobre o contrato com a RDM e até hoje não consegui resposta”, declarou Alex do PT.

O líder de Bernal disse que não tem nenhum receio da CPI proposta por Siufi e avaliou que o parlamento está certo. “Tem que se mexer, mas vamos fazer uma CPI ampla. Nós não temos receio”, provocou.

Já a vereadora Luiza Ribeiro quer uma CPI para investigar a licitação feita pelo ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) para a coleta de lixo. Ela explica que o Ministério Público Estadual (MPE) já recomendou a nulidade do procedimento licitatório 066/2012 e, consequentemente, do contrato de parceria público-privada com a Solurb. “Sou a favor de uma CPI ampla. O MPE já enviou ofício exigindo revisão do contrato”, explicou Luiza.

O vereador Paulo Siufi não acatou o pedido e disse que se há recomendação, cabe ao prefeito suspender o contrato. Já o presidente da Câmara, Mário César (PMDB), ex-vice líder de Nelsinho Trad, não quis responder, dizendo que já encaminhou ofício a promotora Paula Volpe.

Com maioria na Câmara, a oposição deve criar mais uma CPI restrita. A força da maioria ligada a Nelsinho já restringiu a CPI da Saúde, que acabou virando CPI para investigar apenas irregularidades no Hospital do Câncer e no Hospital Universitário. Os contratos com a RDM e Solurb envolvem as gestões de Nelsinho e do governador André Puccinelli (PMDB).

Siufi prometeu criar uma CPI na sessão desta quinta-feira, mas não conseguiu porque os vereadores não solicitaram a prorrogação da sessão no prazo indicado no regimento: até as 11h45. O esquecimento obrigou a Câmara a seguir o regimento e encerrar a sessão antes do tempo.

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