Com PMDB desgastado, vereadores extrapolam para defender Puccinelli e Nelsinho

Os vereadores ligados ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e ao governador André Puccinelli (PMDB) tentam, a todo custo, limpar a imagem das lideranças após escândalo da saúde em Campo Grande. Enquanto Nelsinho e Puccinelli jogam para a plateia a responsabilidade sobre a gestão dos recursos da saúde, na Câmara os vereadores tentam defendê-los como podem. […]

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Os vereadores ligados ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e ao governador André Puccinelli (PMDB) tentam, a todo custo, limpar a imagem das lideranças após escândalo da saúde em Campo Grande. Enquanto Nelsinho e Puccinelli jogam para a plateia a responsabilidade sobre a gestão dos recursos da saúde, na Câmara os vereadores tentam defendê-los como podem.

No desespero, o vereador Chiquinho Telles (PSD) ocupou a tribuna para criticar o prefeito Alcides Bernal (PP). Na avaliação dele, Bernal deveria elogiar Nelsinho e Puccinelli pelas obras feitas em Campo Grande. Chiquinho foi além e quebrou um protocolo da Casa se recusando a conceder aparte ao vereador Alex do PT. “Não vou conceder aparte. Só tenho sete minutos”, declarou, para espanto de todos.

Chiquinho afirmou que Bernal não trata vereadores com igualdade e chegou a dizer que o deputado Cabo Almi (PT) era atendido por Nelsinho, o que foi negado pelo vereador Ayrton do PT, ligado ao deputado. Ayrton disse que o vereador estava equivocado e citou a luta de Almi para aprovar indicações para os bairros Nashiville e Jardim das Perdizes.

O vereador Alex do PT só conseguiu se pronunciar quando Delei Pinheiro concedeu o aparte e criticou Chiquinho. “Cumprimento o senhor pela independência. É importante estabelecer uma relação de respeito, camaradagem e diálogo. O senhor tem esta postura sóbria, educada e civilizada”, alfinetou.

Atropelo

A vereadora Carla Stephanini (PMDB) se descontrolou ao ver o vereador Zeca do PT dizer que a Assembleia precisa investigar Puccinelli e a secretária de Saúde, Beatriz Dobashi. Ignorando o regimento, ela pegou o microfone de aparte e falou por mais de cinco minutos, sem ser interrompida pelo presidente, Mário César, do mesmo partido. O vereador Alex do PT até tentou contestar, mas o secretário Delei Pinheiro (PSD), acenou com as mãos, como se não pudesse fazer nada.

Mário César até tentou interromper, mas Carla ignorou. Aos gritos, a vereadora disse que o PMDB fez muito pelo Estado e criticou integrantes de partidos políticos que apoiavam o grupo político e agora atacam. Ela declarou que estes partidos ocupavam até secretarias na administração passada e poderiam, se quisessem, ter solicitado CPI.

Mário César também ocupou o microfone de apartes para defender Puccinelli. Ele criticou o uso de escutas que insinuam a participação do governador no escândalo do Hospital do Câncer e Hospital Universitário. “Não acho de bom tom usar a imagem do governado em algo que não tem prova”, protestou.

O vereador Alex do PT rebateu os defensores de Nelsinho e Puccinelli, garantindo que não precisará usar a política, como faziam os adversários do ex-governador Zeca do PT. “Não estamos aqui para fazer isso. Trabalhamos com fatos e não nos interessa esse jogo rasteiro de antecipação eleitoral”, rebateu.

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