Cassação de vereadores pode travar nova investigação e dar fôlego a Bernal

O prefeito Alcides Bernal (PP) pode ser beneficiado com a cassação dos vereadores Thaís Helena (PT), Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e Alceu Bueno (PSL). A indefinição quanto a quem assume e a um possível recurso dos cassados veio em boa hora para Bernal, que pode enfrentar nova Comissão Processante. Nesta quinta-feira (12) a […]

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O prefeito Alcides Bernal (PP) pode ser beneficiado com a cassação dos vereadores Thaís Helena (PT), Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e Alceu Bueno (PSL). A indefinição quanto a quem assume e a um possível recurso dos cassados veio em boa hora para Bernal, que pode enfrentar nova Comissão Processante.

Nesta quinta-feira (12) a Câmara foi cobrada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que solicitou providências diante da improbidade administrativa cometida ao prefeito ao fazer remanejamento sem autorização, causando um prejuízo de R$ 110,4 milhões aos cofres públicos.

Diante da recomendação do Ministério Público, a Câmara vai fazer uma reunião com todos os vereadores para decidir o que fazer. A presidente da Comissão de Finanças, Grazielle Machado (PR) não descarta a possibilidade da Câmara criar uma nova Comissão Processante, mas a Câmara deve enfrentar dificuldade por conta da ausência dos cassados.

Para criar uma nova comissão, seguindo o trâmite da primeira, os vereadores precisariam de 20 vereadores favoráveis. Dos quatro afastados, três votaram pela investigação: Pedra, Bueno e Delei. Licenciada, Thaís foi representada por Alex do PT, que votou contra a comissão. Sem os quatro vereadores, a Câmara só teria 24 representantes, o que facilitaria a vida de Bernal, que hoje tem cinco vereadores na base.

Mantida a fidelidade de oposição e base, Bernal conseguiria barrar a comissão, deixando a oposição com 19 votos. Teoricamente, a base teria o apoio de Zeca do PT, Ayrton do PT, Gilmar da Cruz (PRB), Cazuza (PP) e Luiza Ribeiro (PPS). Alex do PT ficaria de fora, visto que com a saída de Thaís, também perdeu, provisoriamente, a vaga.

O presidente da Câmara, vereadora Mário César (PMDB), explica que é preciso muito cuidado para avaliar a situação diante de todo o cenário. Ele afirma que nada impede a criação de uma nova comissão, mas ressalta que tudo será definido em conjunto e avaliando todos os fatos.

“Temos que conversar. Não é decisão da presidência, mas da Câmara. Há um imbróglio dos vereadores, em saber se voltam ou não. É um fato novo, onde temos que tomar uma decisão muito séria. O assunto é sério e tem que ter responsabilidade sobre tudo isso, mas levando em consideração estas coisas todas”, concluiu.

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