Bernal vai vetar emendas que modificaram reajuste dos servidores públicos

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), disse ao Midiamax que vai vetar as emendas feitas pelos vereadores na proposta de reajuste dos salários dos servidores públicos municipais. “Tudo o eu vai impactar negativamente será vetado. A Câmara não pode criar despesa. Se você pegar o histórico dos últimos anos vai ver que nenhuma […]

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O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), disse ao Midiamax que vai vetar as emendas feitas pelos vereadores na proposta de reajuste dos salários dos servidores públicos municipais.

“Tudo o eu vai impactar negativamente será vetado. A Câmara não pode criar despesa. Se você pegar o histórico dos últimos anos vai ver que nenhuma emenda desta natureza foi aprovada. Os vereadores que agora apresentam esta emenda foram contra em anos anteriores e agora querem jogar para a galera, que está de olho neles”, criticou.

A Câmara fez quatro emendas ao projeto, autorizando reajuste de 15% para odontologia, veterinária, enfermagem, assistente social e farmácia-bioquímica, plantão para os profissionais de fonoaudiologia, fixado em R$ 583,97, nos feriados e finais de semana, adicional de insalubridade a todos os servidores da área de saúde e reajuste de 15% às vantagens pessoais incorporadas e outras vantagens financeiras.

Os vereadores podem derrubar o veto do prefeito, que pode recorrer ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Bernal diz que está fazendo das tripas o coração e a saúde financeira do Município não pode ser mais abalada do que já foi com licitações questionadas judicialmente e vários outros contratos e amarras que só prejudicam a atual administração.

“Mandamos um projeto fantástico de reajuste para a Câmara. Nunca o servidor teve um reajuste de 18%. Mais de 8.000 servidores, incluindo os que ganhavam menos de um salário mínimo e viviam endividados em consignações, foram beneficiados. Infelizmente, eles faziam de conta que recebiam e trabalhavam dentro do possível. Demos um aumento que nunca foi dado. Nos anos anteriores o patamar não passava de 5%”, justificou.

Bernal lembrou ainda que o reajuste de 15% dado aos médicos tem por objetivo garantir um bom atendimento aos profissionais, que desta maneira, não terão mais justificativa para faltar ou sair dos plantões antes do horário previsto. “Infelizmente na Câmara há alguns vereadores que só pensam em criar amarras e engessar a administração para fazer sensacionalismo”, concluiu.

O projeto enviado por Bernal autorizava reajuste de 18% para 8.653 funcionários do setor administrativo, 15% para 1.207 médicos auditores e 7,5% para 1.080 servidores de nível superior, 16 médicos veterinários, 54 auditores de serviços de saúde, 300 odontólogos, 62 engenheiros, 54 arquitetos, 36 procuradores, 53 auditores fiscais de renda e para os 945 servidores de DCA de um a oito.

Também está incluso no projeto original o reajuste de 9% para 45 funcionários do DCA e para os servidores da educação, que além do reajuste atual, fizeram um acordo para o futuro, que prevê 29,46% de aumento para os administrativos e 27,16% para os gestores de atividades educacionais nos próximos dois anos. Segundo o prefeito, a proposta inicial não será vetada.

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