As frequentes derrotas do PMDB, somadas a falta de abertura de (PMDB) a aliados no Governo do Estado e a própria guerra no partido para ver quem será o candidato entre Nelsinho Trad (PMDB) e Simone Tebet (PMDB), tem diminuído cada vez mais as chances do partido eleger o sucessor.

Os problemas são tamanhos, que já tem feito aliados repensarem no futuro e projetarem até um abandono do barco, antes que ele afunde. O vereador Paulo Pedra (PDT) avalia que Puccinelli terá que abrir mais espaço no Governo para manter partidos aliados no projeto. “Se não abrir espaço alguns vão sair”, analisou.

Pedra ressalta que o PDT ainda vai consultar a militância para saber o que será melhor para o partido em 2014. Porém, avalia que a aliança cada vez mais consolidada entre PT e PSDB pode garantir a vitória na eleição para o Governo do Estado.

“O PSDB se mostrou muito competitivo quando quase levou o Azambuja (deputado federal Reinaldo Azambuja-PSDB) ao segundo turno em Campo Grande. Junto com o PT, que tem uma militância grande, podem chegar a uma vitória, como chegaram na disputa pela Assomasul”, avaliou o vereador.

O presidente Estadual do PTB, Ivan Louzada, acredita que antes de conquistar adversários, o PMDB precisa se unir ao próprio PMDB. “Nelsinho, Simone e o André têm que falar uma língua só. A aliança depende da união do próprio PMDB. Eles hoje vivem com o mesmo problema que prejudicou o PT em duas eleições para o Governo. Tem que primeiro arrumar a casa, para depois acertar com outros partidos políticos”, opinou.

O presidente do PTB lembrou o desgaste sofrido pelo PMDB com a derrota em Campo Grande e agora na eleição da Assomasul, quando o prefeito de Costa Rica, Waldeli Rosa (PR), bastante ligado ao PMDB, perdeu a eleição. Porém, diz que muita coisa ainda pode mudar e os rumos também dependerão das administrações dos prefeitos.

Louzada explicou que o PTB ainda não tem preferência por uma ou outra candidatura, mas já definiu que não fará coligação na disputa por vagas na Assembleia Legislativa. “A preocupação é com o partido. Tenho que cuidar do PTB e vamos fazer uma chapa com candidatos a deputado só do partido”.

O vereador Carlão (PSB) esclarece que o PSB não tem cargo no Governo do Estado e segue independente. Porém, concorda com Pedra no entendimento que Puccinelli precisa abrir espaço. “Não se governa sozinho. Ele pode perder todos os partidos se não abrir espaço no governo. Alguns não vão querer cargo, mas outros que não têm com certeza vão querer. O governo tem que abrir espaço para aliados ajudar. Se tiver atrapalhando, tira. Ainda há tempo, mas acho um pouco tarde”, avaliou.

Quanto aos rumos do PSB, Carlão diz que o diretório estadual que decidirá. Todavia, revela que é grande a possibilidade de apoio ao senador Delcídio Amaral (PT), motivada pela amizade do senador com o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.

“É difícil caminhar em outro rumo. Não quer dizer que já está fechado com ele, mas há uma ligeira vantagem. Em todas as pesquisas que eu vi o Delcídio está bem na frente. Ele já é candidato há oito anos. O candidato para disputar com ele tem que analisar bem. É um forte candidato e hoje quase imbatível. Os aliados do PMDB precisam se juntar e ampliar o trabalho. Senão, o Delcídio leva com certeza”, analisou.