Aliados acusam oposição de cobrar de Bernal o que autorizava a Nelsinho
Os aliados do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltaram a criticar a atuação da oposição a atual administração. O líder do prefeito, vereador Alex do PT, apresentou cópia de decretos que confirmam a diferença de tratamento da Câmara em relação a Bernal e ao ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). Alex sustenta […]
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Os aliados do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltaram a criticar a atuação da oposição a atual administração. O líder do prefeito, vereador Alex do PT, apresentou cópia de decretos que confirmam a diferença de tratamento da Câmara em relação a Bernal e ao ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB).
Alex sustenta que a Câmara nunca reprovou as suplementações feitas por Nelsinho e que têm um texto idêntico ao feito pela atual administração. “Então o Nelsinho errou? O TCE aprovou as contas do Nelsinho. Se as contas de Bernal forem reprovadas, vão ter que criar uma jurisprudência que atingirá a maioria dos outros 78 prefeitos”, analisou.
O líder de Bernal afirma que a administração não cometeu nenhuma ilegalidade, visto que há decretos idênticos feitos pelo ex-prefeito. Ele apresentou como prova um decreto de Nelsinho, de número 11.733, de 26 de janeiro de 2012, em uma suplementação de 86,4 milhões. O texto do decreto é idêntico ao de número 12.098, feito por Bernal no dia 23 de janeiro de 2013 e contestado pela oposição. “Para suplementar o dinheiro tem que cancelar o anterior. Estão trabalhando para criar um desgaste político”, protestou.
A presidente da Comissão de Finanças, Grazielle Machado (PR), não aceita as justificativas de Alex e reafirma que os vereadores entendem que o prefeito fez remanejamento, o que não é permitido. Ela diz que em um dos seis decretos o prefeito transferiu recursos de pessoal para pessoa jurídica, o que é mais grave.
Sobre as alegações de Alex, de que Nelsinho adotava a mesma postura, a vereadora disse que o ex-prefeito era autorizado a fazer remanejamento. O presidente da Câmara, Mário César (PMDB), concordou com Grazielle e disse que Nelsinho tinha autorização para fazer remanejamento.
A polêmica entre os vereadores e a prefeitura está em uma confusão de entendimento entre o que é remanejamento e o que se avalia como suplementação. Bernal está autorizado pela Câmara a fazer suplementação de até 5% do orçamento sem pedir, mas não pode fazer remanejamento. A Comissão de Finanças da Câmara entende que Bernal fez remanejamento de R$ 50 milhões. Já a atual administração diz que fez suplementação dentro do que é permitido.
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