Em meio à crise do PMDB, o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), engrossou a lista de defensores do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Ele rebateu as críticas da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) à ameaça de Nelsinho de deixar o PMDB no caso de não conseguir viabilizar sua candidatura à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB).
Para Siufi, o prefeito tem o direito de sair do partido na hipótese de não se sentir valorizado. “Se ele não se sentir a vontade por ser acreditar que é o candidato natural a governador e, se o partido hoje não enxerga dessa forma e ele está incomodado, tem todo o direito de deixar o partido, vai ficar sem mandato a partir de janeiro e tem todo o direito”, frisou.
O vereador, inclusive, disse já ter se sentido desvalorizado no PMDB, mas não deixou a sigla por “companheirismo”. “Eu não traí o partido em nenhum momento, mas me senti traído em vários, mas só que até hoje resolvi manter minha postura de companheirismo ao partido”, comentou.
Simone, por sua vez, avalia que política não se faz na base da pressão, com ameaças para virar candidato. “Sou uma pessoa de grupo e não vou mudar de partido sendo ou não sendo candidata”, declarou. “Política para mim não é assim que funciona, estou à disposição para trabalhar, é isso que eu quero”, completou.
Ainda em defesa de Nelsinho, Siufi criticou o presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, pelas críticas ao processo de escolha do candidato em Campo Grande e por considerar que o prefeito saiu fragilizado da eleição por não ter elegido seu sucessor.
“Vários erros aconteceram, eu só fico triste como fez o Esacheu de apontar, escolheram o candidato errado, deveria ter apontado isso lá atrás, agora é fácil jogar pedra, qualquer coisa que falar repercute, o que eu quero é que a gente faça uma reflexão de o que é o partido e do que queremos daqui para frente” finalizou o presidente da Câmara.