Vereadores que serão da base de sustentação de entendem que novo presidente deve atender vontade da Casa e também do novo prefeito

Os vereadores eleitos por partidos de oposição a atual administração e que, no segundo turno, estiveram com o prefeito eleito, Alcides Bernal (PP), não descartam a possibilidade de alguém do grupo ser eleito para a presidência da Câmara Municipal.

Os vereadores que a partir de 2013 serão da base de sustentação discordam do caminho a ser seguido pelo presidente, Paulo Siufi (PMDB), que com maioria, pretende se reunir com o governador André Puccinelli (PMDB), com o candidato derrotado, Edson Giroto (PMDB) e com os 21 eleitos pela coligação para decidir quem o partido indicará.

O vereador João Rocha (PSDB), atual primeiro secretário da Câmara, defende um amplo entendimento entre os vereadores. Ele ressalta que após a eleição os vereadores não pertencem mais as coligações, mas aos partidos e líderes políticos. Neste caso, João Rocha avalia que é preciso um entendimento pluripartidário para eleger um presidente sem disputa.

“O momento é de transição, mudança, onde quem tem maioria não é prefeito. É preciso um amplo entendimento para exercer obrigações do parlamento. É preciso ter um Poder Legislativo independente, mas consequente” defendeu Rocha, lembrando que o novo presidente deve contemplar os vereadores e também o prefeito eleito.

O vereador mais votado em Campo Grande, Zeca do PT, entende que o novo prefeitodeve conduzir o processo. Para ele, cabe ao novo prefeito ver a relação que quer estabelecer com a Câmara, estabelecendo critérios de parceria para a escolha do presidente. Zeca afirma que não tem pretensão de ser presidente e faz questão de dizer que Bernal é o ator principal deste processo.

A vereadora Rose Modesto (PSDB) também destaca o cenário atípico na Câmara em 2013, quando a Casa deixará de ter 21 e passará a contar com 29 vereadores. Ela analisa que a Câmara tem vários partidos e nomes de peso. Assim, caberá aos interessados a tarefa de viabilizar mais aliados entre os pares.

A segunda vereadora com mais votos em Campo Grande entende que a escolha deve passar por um consenso na Casa e não deve sofrer interferência de nenhuma liderança. A vereadora defende que, se for preciso, tenha mais de um candidato e que o novo presidente passe por votação. Rose diz que só se candidataria se o nome dela partisse da indicação dos colegas.

Em entrevista ao Midiamax, Siufi explicou que o grupo deve indicar o novo presidente, mas de maneira transparente e tranquila. Ele não descartou a possibilidade da vice-presidência ser ocupada por algum vereador do grupo do novo prefeito, Alcides Bernal (PP), recordando que quando assumiu a presidência, em 2008, tinha como vice o vereador do PT, Cabo Almi.

“Não tem que ter revanchismo. Os oito que o Bernal elegeu vão somar. Hoje o primeiro secretário meu é o João Rocha (PSDB), que está do lado de lá. A Casa sempre foi ordeira e com um bom relacionamento com prefeitos. A oposição sempre fez crítica construtiva”, opinou.